“O Ceará volta às manchetes diárias de ataques a bancos. Jardim teve sua agência assaltada com explosivos e, no mesmo dia, aconteceu também um assalto na cidade de Ibicuitinga. Isso tem causado um grande transtorno, não apenas ao sistema financeiro, mas a todos os cidadãos. Pois, uma pessoa que tem uma casa próxima a uma agência fica apreensiva”, relatou.
Segundo Danniel Oliveira, dados oficiais do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará mostram que não houve redução desse tipo de crime de 2013 para 2014. “Já são 72 ataques a bancos apenas em 2014. Em 2013, foram 75 ações desse tipo. Isso mostra que não há redução. De 2012 para cá, foi a mesma coisa e nada está sendo feito para barrar. Um amigo que tem uma casa lotérica foi assaltado mais de três vezes”, disse.
Ainda de acordo com o deputado, os dados mostram que, dos 72 assaltos, 14 ocorreram em Fortaleza e quatro em São Gonçalo do Amarante. “Mais uma vez Fortaleza fica na 7º colocação como a cidade mais violenta do mundo. Esse ranking foi de 2012 e agora se repete. O Ceará é o quarto no Brasil onde acontecem os ataques a bancos seguidos de morte”, destacou.
O deputado disse ainda que não há controle de fronteiras no Estado. Segundo Danniel Oliveira, os bandidos fazem os assaltos e migram para outras regiões. “Em Lavras da Mangabeira já aconteceu mais de três assaltos. Um município que tem apenas quatro policiais para tomar de conta de 34 mil habitantes. Não tem como fazer segurança sem um policiamento adequado. É preciso aumentar o número de policiais não só na Capital, mas também no interior. Faço esse pedido ao próximo governador”, afirmou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) disse que os dados são sinal claro de que a política de segurança do Estado está sendo falha. Segundo Mesquita, não há o que se comemorar na área de segurança nos dois governos de Cid Gomes. “Alguma coisa está faltando no aparato de segurança para identificar essas quadrilhas. Há momento que pensamos que as manchetes estão repetidas. É preciso que o próximo governador tenha um olhar diferenciado para a segurança”, pontuou Roberto Mesquita.
DF/AT