“Quero prestar a minha solidariedade à deputada Maria do Rosário, que sofreu uma agressão na Câmara Federal. Hoje constato que ainda temos em nossa sociedade uma cultura machista. Nós não podemos conviver com esse tipo de atitude. Ele extrapolou a prerrogativa de dar opinião, agredindo e intimidando uma parlamentar, uma mulher. Vamos apresentar à Casa um requerimento para pedir que a Câmara dos Deputados possa tomar as medidas cabíveis contra o deputado Jair Balsonaro”, afirmou a petista.
Rachel Marques destacou ainda números publicados pelo jornal Diário do Nordeste que mostram que 43% dos jovens já viram a mãe sofrer agressão, e que 93% são a favor da Lei Maria da Penha. A parlamentar também leu no plenário nota na qual a Secretaria Nacional das Mulheres do Partido dos Trabalhadores repudiou a atitude do deputado federal.
Na nota, a secretaria presta solidariedade à deputada petista e saúda a iniciativa dos deputados Fernando Ferro (PT-PE) e Amauri Teixeira (PT-BA) que se prontificaram a ingressar com representação contra Jair Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara Federal por quebra de decoro parlamentar.
Em aparte, as deputadas Miriam Sobreira (Pros), Eliane Novais (PSB) e Fernanda Pessoa (PR) também manifestaram indignação com a atitude de Jair Bolsonaro. Na avaliação de Eliane Novais, o deputado nunca leu a declaração dos direitos humanos e é completamente inapto para ocupar qualquer cargo político. “Ele não representa as mulheres, os gays e nem as cotas raciais. Ele se torna um parlamentar incapaz de representar o povo brasileiro”, afirmou Eliane.
Os deputados Leonardo Pinheiro (PSD) e Welington Landim (PR) também se prontificaram em assinar o requerimento a ser enviado para a Câmara dos Deputados pedindo providências sobre o assunto.
“Infelizmente pessoas como o deputado Jair Bolsonaro contribuem ainda mais para que aconteça o desgaste da classe política, pois, embora o deputado não concordasse com a opinião do colega, deveria ao menos ter o respeito”, afirmou Leonardo Pinheiro.
Já o deputado Ely Aguiar (PSDC) disse que toda ação gera uma reação e, segundo ele, a deputada teria chamado Bolsonaro de estuprador no salão Verde da Câmara. Mesmo assim, Ely Aguiar ressaltou que não concorda com a agressão verbal feita pelo deputado federal e se prontificou em assinar o requerimento proposto por Rachel Marques.
DF/CG