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Coluna Política - QR Code Friendly
Quarta, 22 Outubro 2014 07:12

Coluna Política

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  NECESSÁRIA DISCUSSÃO SOBRE CULTURANo debate da TV O POVO, um dos momentos mais proveitosos, do ponto de vista do conteúdo, foi quando Camilo Santana (PT) questionou Eunício Oliveira (PMDB) sobre cultura. O candidato petista criou comitê voltado para a área, tendo à frente o irmão do candidato, o fotógrafo Tiago Santana. E assumiu compromisso de destinar 1,5% do orçamento para esse campo, o que significa praticamente quintuplicar o volume de verbas, tomando por referência o orçamento que o governo Cid Gomes (Pros) enviou à Assembleia já para 2015. A campanha de Eunício, de fato, tem tratado marginalmente o tema da cultura, sem profundidade e sem dar qualquer sinalização que permita ter esperança de que a situação irá melhorar. Porque, nisso Eunício tem razão, a área foi extremamente maltratada durante os últimos oito anos. Ao lado da segurança pública, é o setor mais crítico da administração Cid Gomes, mas por razões opostas. A segurança recebeu investimentos demais, sem resultados satisfatórios – o que é pior ainda, pois além do fracasso, há o prejuízo. Já a cultura foi tratada de forma secundária, extremamente subestimada em relação ao papel estratégico que tem. Do primeiro para o segundo governo Cid, houve troca de secretários e, nos dois casos, a mudança conseguiu ser para pior. Na segurança, caiu Francisco Monteiro para dar lugar ao “pé de boi” coronel Bezerra. Na cultura, Auto Filho daria lugar a Francisco Pinheiro, que, em meio a polêmica judicial sobre o mandato de deputado, levou meses e meses para virar secretário de fato. Tempo perdido demais para área que vinha em situação tenebrosa. E, quando Pinheiro decidiu colocar a mão na massa, tampouco houve resultado perceptível. No fim de 2012, o próprio Cid se desculpou pelo fiasco. Houve nova troca de secretário um ano mais tarde, no fim de 2013. Mesma época da última mudança também na segurança. Mas um ano é tempo curto demais para o tamanho da tarefa. Ainda mais diante de desacertos entre o novo secretário, Paulo Mamede, e o presidente do Dragão do Mar, Paulo Linhares. Enfim, pelo menos é sinalização positiva que o assunto seja levado em conta no debate eleitoral. Nas propostas de Eunício – não existe programa de fato – o tema recebe atenção subalterna. Camilo, que também não tem programa, trata o assunto com o relevo que merece. Mas precisará convencer o eleitor de que dará ao tema a atenção e o cuidado que não houve no governo que o apoia e que tem como referência.
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