O parlamentar lembrou que o soldado Arlindo Gomes da Silva foi baleado por dois bandidos, no dia 21 de maio, e ficou na espera, porque não havia um leito de UTI. Foi atendido no risco 1 do Instituto José Frota e está resistindo. Entrou na UTI há três dias. “Para não passar por um sufoco desses, precisamos criar mais leitos de UTI”, frisou.
Ferreira Aragão disse que precisamos de unidades urgentemente, para salvar todos. “Vamos parar tudo e cuidar só da saúde, mais que nunca. Precisamos de um hospital inteiro só com leitos de UTI”, avaliou.
O deputado informou ainda que uma sugestão dada por ele no Ceará está sendo adotada na cidade de Londrina, e o prefeito da cidade está com aprovação de 82% da população. O pedetista frisou que sugeriu a criação do “ônibus da saúde” para o atendimento ambulatorial da população e foi considerado um visionário. “Hoje, o que foi visto como um sonho é realidade em outra cidade”, avisou.
Em aparte, o deputado João Jaime (DEM) disse que a questão da saúde passa por vontade política dos governantes. “O Governo do Estado precisa investir, mas não dá para se criar um hospital só de leitos de UTI. O que falta é dinheiro. Em vez de fazer um prédio enorme, é preciso investir em equipamentos e pessoal. Se o SUS não disponibilizar dinheiro, não haverá solução”, assinalou.
Para João Jaime, a ideia de Ferreira Aragão “vai ser apenas uma comissão entre milhares de comissões. Vamos constatar, fazer relatório e o Governo vai continuar do mesmo jeito”. A deputado Rachel Marques (PT) frisou que não se pode ter uma visão de saúde “hospitalocêntrica ou UTIcêntrica”. Segundo ela, se não houver uma abordagem mais ampla na atenção básica, não serão resolvidos os problemas de saúde.
JS/AT