Segundo ele, no Brasil, a produção efetiva de energia dos parques eólicos em operação comercial em janeiro foi de 763 MW médios, contra 612 MW médios no mesmo mês do ano passado - um salto de 25%. A geração média no início do ano correspondeu a um fator de capacidade de 35%.
“Por estado, o destaque ficou por conta da produção na Bahia e no Ceará, onde os fatores de capacidade bateram 45% e 43%, respectivamente”, disse Sérgio Aguiar, acrescentando que tais números colocam o Brasil em patamar superior ao dos países com maior potencial de geração eólica. “Apenas a título de comparação, os valores médios de fator de capacidade verificados para China, Estados Unidos e Espanha, por exemplo, foram 18%, 33% e 24% em 2012”, disse.
Ainda segundo ele, a Região Nordeste puxou o crescimento dos parques eólicos e fechou janeiro deste ano com 1.461 MW em capacidade instalada, provenientes de 60 usinas. O número representa aumento de 25,3% em relação ao parque instalado em janeiro do ano passado. “A geração média das plantas em operação na região em janeiro deste ano foi de 597 MW médios, contra 429 MW médios no início de 2013”, comparou.
Em aparte, o deputado Carlomano Marques (PMDB) elogiou o pronunciamento de Sérgio Aguiar e criticou a falta de investimentos por parte do Governo Federal na produção de energia limpa, como a eólica, a das marés e a solar. “Na época do FHC, vivemos sob a ameaça de um apagão. Hoje, 12 anos depois, estamos do mesmo jeito”, criticou Carlomano. “A nossa base continua sendo a energia das hidrelétricas, que é mais barata, mas que depende da chuva”.
Sérgio Aguiar aproveitou para informar sobre um evento do qual vai participar, na próxima quinta-feira (03/04), em Santa Quitéria, sobre a instalação da usina de urânio naquele município.
CP/LF