Fernando Hugo voltou a criticar a ausência do exame Revalida para os profissionais do Mais Médicos. “Que pelo menos exigissem que fizessem a prova do Revalida, primaresca, simples, para que aqui pudessem exercitar a medicina, sabendo os cidadãos brasileiros que seriam tratados por pessoas que conhecem pelo menos as noções básicas de tratamento médico”, enfatizou.
Na avaliação do deputado, com o Mais Médicos, a presidente da República, Dilma Rousseff, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, tentaram “maquiar” o fracasso da saúde pública. “Eu clamava aqui para que o Governo tivesse pelo menos sensibilidade, humanismo, e não expusesse a população ao destrato dos receituários e das consultas médicas”, lembrou.
O parlamentar mostrou um receituário passado pelo médico cubano que atua no município de Piquet Carneiro. De acordo com Hugo, devido à superdosagem de insulina receitada pelo referido médico, o paciente entrou em coma.
Em aparte, o deputado Welington Landim (Pros) também refletiu sobre o programa e criticou a ausência do Revalida. “Não houve uma seleção em Cuba, não fizeram o Revalida aqui. O programa é bom? É bom. Chega ao Interior? Chega. Porém, com esses vícios”, disse, apontando ainda as precárias condições de trabalho encontradas pelos médicos.
“Os médicos cearenses, brasileiros, desconhecem totalmente qual a capacidade profissional desses médicos que chegaram. Fica patente que é um programa político, que esse pessoal se movimenta no Interior para implantar uma cultura política”, acredita o deputado Ely Aguiar (PSDC).
Para o deputado João Jaime (DEM), o Mais Médicos é uma grande campanha eleitoral. “Tiraram do bolso do colete o Mais Médicos como uma solução para o Brasil. Hoje, o maior programa de trabalho escravo do Brasil é o Mais Médicos”, afirmou.
O deputado Heitor Férrer (PDT) também reclamou do “sistema escravocrata” ao qual os médicos cubanos são submetidos. “Como o governo brasileiro permite que o cubano só receba R$ 1.000 e o resto seja depositado em conta de Cuba?”, indagou.
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