Para ele, as reivindicações mostram total “insensibilidade do Governo em receber e atender as demandas dessas categorias”. O parlamentar disse que as três universidades representam cerca de 45 mil alunos. “Um contingente desse porte não pode ser ignorado quando deflagra um movimento que trata, não só de melhorias salariais, mas também do funcionamento da universidade”, assinalou.
O parlamentar ressaltou que foi criado o Fórum em Defesa da UVA, resultante da articulação da sociedade em torno da garantia de uma educação pública, gratuita e socialmente referendada. Conforme Dr. Guimarães, a comunidade acadêmica da UVA vem, desde o começo do ano, mobilizando-se no sentido de discutir o financiamento e a precarização do trabalho docente e assistência discente.
De acordo com o deputado, a precarização do trabalho se deve, sobretudo, ao corte de 30% no repasse, à falta de transporte para aulas práticas e pesquisa, de material de consumo e de expediente nas coordenações, direções de centro e pró-reitorias, entre outros.
Ainda de acordo com o documento, Dr. Guimarães destacou que a precarização do trabalho docente tem efeitos nefastos para a identidade institucional, por meio do comprometimento, em longo prazo, da possibilidade de a UVA transformar-se numa universidade de pesquisa.
“A essa demanda o Governo rebate dizendo que não há recursos disponíveis e o que tinha que fazer já foi feito”, disse, criticando a inversão de prioridades. “Sei que ele tem boa intenção, mas tem que compreender que é necessário ouvir a comunidade”, pontuou.
Em aparte, os deputados Heitor Férrer (PDT) e Eliane Novais (PSB) endossaram as críticas. Heitor disse que é “notório o que foi priorizado” pelo governador, que investiu, nesses sete anos de gestão, apenas R$ 120 milhões nas três universidades. Eliane defendeu as instituições de ensino superior, que necessitam “de um olhar mais precioso”.
O líder do Governo na Casa, deputado José Sarto (Pros) afirmou que, desde 2006, o Executivo estadual triplicou o investimento em ensino superior. Ele destacou, no entanto, que essa obrigação é da União. “A obrigação legal e constitucional é do Governo Federal”, acrescentou.
LS/AT