Fernando Hugo ressaltou que a dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2,5 bilhões de pessoas estejam sob risco de contrair a enfermidade e que ocorrem, anualmente, cerca de 50 milhões de casos. Conforme o parlamentar, o Brasil está entre os países com maior incidência da doença.
O deputado lembrou que, desde o ano de 1986, quando da introdução do vírus tipo 1 (Denv-1), Fortaleza tem vivenciado casos da doença, sendo que entre os anos de 2008 e 2012 ocorreram as maiores epidemias de dengue, correspondendo a 47% de todos os casos registrados nos 26 anos de ocorrência desse agravo à saúde. “Em muitas ocasiões, os fortalezenses não tinham vagas em hospitais, e o piscinões foram instalados. Nesse período de 5 anos, Fortaleza teve os índices mais saltitantes do vírus da dengue, causando prostração de jovens e adultos”, recordou.
No ano de 2013, a Vigilância Epidmiológica de Fortaleza registrou 8.320 casos da doença no município, representando um recuo de 75%, comparando-se ao ano anterior.
O parlamentar enalteceu a atuação dos agentes de endemias, afirmando que “eles todos, num ‘embricamento’, montam uma guerra constante para que não se tenha nenhum mosquito voando”. “É isso que merece nosso aplauso e que propiciou uma regressão de 73% dos casos de dengue em Fortaleza no ano de 2013”, disse.
De acordo com Fernando Hugo, o Programa de Controle de Vetores tem sido reestruturado, e uma das principais ferramentas é a territorialização dos agentes de endemias, que, desde este ano, estão integrados às Unidades de Atenção Primária à Saúde e vinculados a uma microárea com atuação em áreas de 800 a 1.000 imóveis de responsabilidade sanitária de cada agente.
Em aparte, o deputado Professor Pinheiro (PT) parabenizou o alerta e lembrou que, em 2002, quando era vereador de Fortaleza, chegou a formar um grupo, juntamente com a Fundação Nacional de Saúde, e propuseram um projeto de lei para minorar a situação da dengue. Segundo ele, um dos problemas mais graves era a dificuldade de as pessoas receberem os agentes de endemia, principalmente nos bairros mais ricos e nos edifícios e casas fechadas.
A deputada Eliane Novais (PSB) endossou a necessidade da valorização dos agentes de endemia não só no Ceará, como em todo o Brasil.
LS/AT