De acordo com o parlamentar, a proposta da OAB traz três pontos importantes, que podem garantir maior democracia e transparência, além de não mudar a Constituição. A primeira é garantir maior participação dos filiados dos partidos na escolha dos candidatos que irão disputar eleições. De acordo com Lula Morais, o modelo atual deixa com os dirigentes a escolha dos candidatos. Com a nova proposta, os filiados elegem, por voto interno, os futuros candidatos.
O texto apresentado pela OAB também sugere que as eleições proporcionais sejam feitas em dois turnos. No primeiro, os eleitores votam nos partidos que irão conquistar o número de cadeiras, de acordo com a quantidade de votos. Num segundo turno, a população votaria nos candidatos para ocupar essas cadeiras. O número de candidatos seria reduzido, pois a proposta sugere que haja dois candidatos para cada cadeira.
O terceiro ponto destacado pelo parlamentar é o fim do financiamento privado de campanha. Segundo ele, o modelo atual tem causado distorções, já que o segmento privado privilegia alguns partidos e candidatos. Para Lula Morais, o financiamento público reduziria a possibilidade de corrupção e garantiria maior igualdade de recursos entre os partidos.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) discordou da reforma política sugerida pela OAB. Conforme a parlamentar, a população iria depender de uma escolha prévia dos partidos, o que poderia restringir as chances de pessoas comuns se candidatarem.
O deputado João Jaime (PSDB) também aparteou dizendo que, em princípio, é favorável à proposta. Porém, enfatizou que pode haver dificuldade de entendimento, especialmente em relação à votação no segundo turno.
JM/AT