O parlamentar citou os investimentos feitos por conta da Copa e afirmou que, no Ceará, os gastos com a Arena Castelão foram os menores do Brasil. “As obras de mobilidade também precisavam ser feitas, independente da Copa. Temos um milhão de veículos em Fortaleza e mais seis mil chegando a cada mês”, observou. O deputado acrescentou que, em oito anos, a cidade não teve nenhum projeto urbano pensado e executado. Disse ainda que o recado das ruas não tem um endereço certo e enumerou os investimentos do Governo do Estado em saúde, com a construção de hospitais e unidades de atendimento no interior e na capital.

Em aparte, o deputado Idemar Citó (DEM) afirmou que o aumento de R$ 0,20 no transporte público em São Paulo foi o estopim de um protesto contra a administração do PT. “Contra o mensalão, que ainda não foi julgado, a inflação em todas as regiões, contra o dólar subindo, as obras inacabadas e os gastos astronômicos com a Copa, enquanto temos problemas como a seca na região dos Inhamuns”, disse. “Isso é uma resposta ao PT e à presidente Dilma”.

O deputado Carlomano Marques (PMDB) disse que o assunto rende três a quatro dias de discussão. “Isso aqui é a ponta do iceberg. A questão toda é o superávit primário. O governo não executa o orçamento para ter credibilidade no exterior”, afirmou. Ele citou o orçamento de R$ 600 bilhões do PAC 2 e declarou que foram investidos apenas 30% do montante.
HS/AT