Dep. Carlomano Marques (PMDB)
Foto Paulo Rocha
Durante o segundo expediente da sessão plenária desta quinta-feira (13/06), o deputado Carlomano Marques (PMDB) criticou a forma como está sendo conduzida a gestão da presidente Dilma Rousseff, afirmando que o Brasil está paralisado pelas “cinco Marias”. O parlamentar se referia à presidente Dilma Rousseff e as ministras Miriam Belchior (Planejamento), Gleisi Hoffmann (chefe da Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais), além da presidente da Petrobras, Graça Foster. Ele citou ainda o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
“Esse quinteto parou o Brasil. Ano passado, o quinteto conseguiu executar 46% do orçamento e, este ano, não chegou a 50%”, assinalou.
O parlamentar disse que a “paralisia” está fazendo com que a gestão petista esteja vivendo um “inferno astral”. De acordo com o deputado, está havendo um aumento superávit primário “e não se faz os investimentos que o Brasil precisa”.
Carlomano reclamou da falta de investimentos na indústria nacional, citando a construção civil, que “está no negativo”, e o aumento dos juros, na casa dos 8%, “o que é péssimo”. Ele assinalou que o Banco Central voltou a intervir no câmbio, mas o dólar não recuou. “À medida que o dólar avança, avança o combustível, a inflação. A inflação está subindo, o povo reclamando”, disse.
O deputado comentou o anúncio de um pacote do Governo Federal, que contempla as famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com a liberação de um crédito de R$ 5 mil para aquisição de móveis e eletrodomésticos. O crédito terá taxa de juros de 5% ao ano e prazo de até 48 meses para pagar. “A presidente está liberando para um milhão, quando o Brasil tem 60 milhões de famílias. A presidente quer se agarrar a qualquer coisa do programa Minha Casa Minha vida, mas a nação não pode apenas viver de migalhas que caem da macroeconomia”, criticou.
Em aparte, o deputado João Jaime (PSDB) endossou as críticas, destacando que faz 10 anos que os governos brasileiros dedicam esforços ao consumismo em detrimento da produção. “Não há nação que conseguiu progredir sem priorizar a produção”, argumentou. Conforme observou, no Brasil quem quer produzir é penalizado com falta de investimentos e altos impostos. “O governo tira de quem está produzindo para distribuir em forma de Bolsa Família”, acrescentou.
Na mesma linha, o deputado Augustinho Moreira (PV) citou que o Brasil tem uma “dívida interna preocupante”. “A produtividade da indústria brasileira está caindo. Estamos produzindo pouco e competindo demais com os chineses. Cedendo espaço para uma indústria fraca. Todo mundo quer investir nos chineses em vez de investir no País.”
LS/AT