O parlamentar afirmou discordar daqueles que têm posição contrária à emancipação das localidades, argumentando que “temos que nos concentrar no desenvolvimento das regiões”. Ele ressaltou que muitos distritos têm status de cidades, sendo maiores inclusive que suas sedes. É o caso, por exemplo, de Jurema. Para ele, “esses distritos têm de se emancipar e ter independência política para dar maior dignidade à população”.
Ele destacou o pioneirismo do Ceará, que, desde 2010, por iniciativa do ex-presidente da Assembleia Legislativa e hoje vice-governador do Ceará, Domingos Filho, propôs uma lei que regulamenta os critérios para que os distritos sejam emancipados.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) disse que a aprovação do PLC é “uma conquista para esta Casa”. Por outro lado, lamentou os desmandos em prefeituras cearenses envolvendo prefeitos, citando a cidade de Quixadá.
O deputado Augustinho Moreira (PV) se mostrou contra a emancipação. Ele questionou se “a saúde nesses municípios que forem emancipados irá melhorar.” Em relação aos desmandos nas prefeituras, citados por Rachel Marques, destacou que o que tem que ser feito é a modificação e reformulação das licitações, pois “é o que está gerando a prisão de gestores públicos”, apontou.
O deputado Neto Nunes (PMDB) destacou a importância de emancipar municípios. “Esse argumento de que é divisão de pobreza é pequeno. A transformação é da água para o vinho. Nós temos é que fazer com que os recursos sejam descentralizados e saiam de Brasília”, disse.
LS/CG