O deputado apresentou um breve histórico da vida de Benigna. Segundo ele, a menina ajudava a família e era muito religiosa e bondosa. No início de sua adolescência, ela passou a sofrer o assédio de um jovem da região, Raul Alves, mas ela rejeitava suas abordagens.
Benigna pediu conselhos ao padre da cidade, que recomendou que ela fosse estudar em Santana do Cariri e presenteou a menina com uma bíblia, que virou seu livro de cabeceira.
Em 1941, quando havia completado 13 anos, a menina foi buscar água em uma cacimba perto de sua casa, quando Raul a abordou sexualmente. Ela lutou com o rapaz contra o assédio, que a esfaqueou, causando sua morte. O crime abalou o município e, desde essa data, começaram as visitas ao túmulo e ao local do crime. O assassino foi preso e, 50 anos depois, ele voltou ao local do crime, pediu perdão e se converteu ao cristianismo.
Sineval Roque explicou que já tramita no Vaticano o processo de beatificação de Benigna e que até setembro deve ser concluído.
O deputado informou que o distrito de Inhumas já recebe procissões de cerca de 20 mil fiéis e que irá pedir ao Governo do Estado que seja asfaltada a estrada que recebe as peregrinações e procissões em homenagem a Benigna Cardoso da Silva.
JM/CG