O parlamentar destacou que, ao assumir o mandato, em 2019, apresentou três projetos de lei que tratavam da história da Menina Benigna. Entre eles está o PL 183, que institui no Calendário Oficia do Estado 24 de outubro como Dia Estadual de Combate ao Feminicídio no Ceará, que foi assegurado pela Lei nº 16.892, de 23 de maio de 2019. De acordo com o deputado, todas as matérias foram aprovadas pelos parlamentares e sancionadas pelo ex-governador Camilo Santana.
A beatificação de Benigna foi autorizada pelo Papa Francisco em 2019, mas o rito que antecede a canonização aconteceu na segunda-feira passada e foi celebrado pelo representante do papa no Brasil, o arcebispo Dom Leonardo Steiner, da Arquidiocese de Manaus. Além do cardeal, esteve presente também o bispo da diocese do Crato, Dom Magnus Henrique.
Segundo o deputado, o evento reuniu milhares de fiéis e autoridades no Parque Pedro Felício Cavalcanti, no Crato. Para ele, agora o município de Santana do Cariri, cidade natal de Benigna, vai atrair ainda mais o turismo religioso. “Lá está sendo construído um santuário e vai ser inaugurado no próximo ano para visitação dos romeiros”, adiantou
Benigna Cardoso da Silva nasceu no dia 15 de outubro de 1928. De origem humilde e muito religiosa, ainda criança, ficou órfã de pai e mãe. No dia 24 de outubro de 1941, aos 13 anos, foi brutalmente assassinada por um jovem daquela comunidade que tinha a mesma idade, após ela ter se recusado a ter relações sexuais com ele.
“Na época, causou grande comoção em toda a população da cidade de Santana do Cariri pela brutalidade e violência contra Benigna. Por isso eu apresentei o PL 183 a essa Casa. Como autor desses projetos, fico feliz de ter participado e contribuído nesse processo”, pontua Nizo Costa.
Com a beatificação, a Menina Benigna se tornou a primeira beata cearense e a quarta mártir do Brasil.
Nizo Costa criticou ainda o episódio ocorrido no domingo (23/10), quando o ex-deputado federal e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson atacou com fuzis e granadas, mesmo proibido de portar armas, policiais federais que foram cumprir um mandado de prisão contra ele, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, os profissionais de imprensa que estavam cobrindo o acontecimento no local do fato foram agredidos.
“Que país é este? Onde nós estamos vivendo? Essa violência tem que parar; o dia do segundo turno está se aproximando. Está na nossa hora, dos nordestinos, que somos discriminados por esse grupo, pelo atual presidente, pelos seus apoiadores. Nós não podemos aceitar isso e temos que dar uma resposta agora nesse próximo domingo (30/10)”, disse Nizo Costa.
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