“Esse novo corte, que aqui no Ceará equivale a R$ 147 milhões, se somado ao cancelamento ocorrido em junho, totaliza mais de R$ 300 milhões em recursos que seriam destinados às instituições federais de ensino - e, nesse contexto, quem perde é o estudante e a produção de conhecimento”, disse.
Acrísio Sena explicou que os cortes impactam, além das bolsas estudantis, no transporte, alimentação, acesso à internet, além da limpeza e segurança das universidades. Segundo ele, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica já se manifestou reiterando a urgência da reposição desses recursos, sob o risco de a rede federal ter seu funcionamento comprometido.
O parlamentar reforçou ainda que o Governo Jair Bolsonaro tem como missão “desmontar” a educação brasileira. “Nenhuma nação se desenvolve sem conhecimento técnico e científico. Mas, para Bolsonaro, isso não serve. Bastam o ódio, a intolerância e o fanatismo para que seu governo se perpetue”, frisou, ressaltando que esses recursos contingenciados serão redirecionados para “fins eleitoreiros".
O parlamentar convocou não só estudantes, professores e servidores para irem às ruas se manifestarem contra o desmonte, mas também os representantes cearenses da Câmara e Senado Federal, a fim de barrar o decreto. “Esse decreto é resultado do desespero do presidente por perceber a possibilidade real de perder as eleições, justo ao final do exercício financeiro. Mas o povo brasileiro não é bobo e vamos superar esse momento”, assinalou.
PE/AT