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Paralisação de médicos é pontual - QR Code Friendly
Sexta, 19 Outubro 2012 04:37

Paralisação de médicos é pontual

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  Na maioria das clínicas visitadas pela reportagem, os profissionais seguiram a rotina de consultas O clima foi tranquilo, ontem, nas clínicas de Fortaleza, que atendem usuários de planos de saúde como Unimed, HapVida, Camed, Amil, Cassi, dentre outros. Consultas e exames eletivos (agendados previamente), que teriam o atendimento suspenso nacionalmente durante o Dia do Médico, em protesto aos honorários pagos pelas operadoras de planos de saúde, foram realizados normalmente, com algumas exceções pontuais. Na clínica de diagnóstico por imagem Boghos Boyadjian, localizada na Avenida Rui Barbosa, a informação dada no balcão de atendimento é que não estavam sendo realizados exames sem agendamento prévio para clientes de planos de saúde. Porém, "os que já estavam marcados e foram confirmados por telefone são atendidos normalmente", esclareceu uma atendente que preferiu não se identificar. A dona de casa Maria Barros, usuária do plano Uniplan da Unimed, confirmou a informação. "Acabei de fazer um ultrassom aqui na Boghos e um exame de sangue no laboratório Louis Pasteur. E não tive nenhum problema para ser atendida", garante. Exames realizados Na Ominimagem, da Tristão Gonçalves, e na Sonimagem, da Avenida 13 de Maio, os exames também foram realizados naturalmente. As duas clínicas contaram com um fluxo normal de clientes. Os atendentes sequer demonstraram ter conhecimento da paralisação programada para a data. Na clínica Otomédica, o atendimento transcorreu dentro da normalidade para todas as especialidades médicas. No balcão da recepção, clientes de todos os planos não encontraram qualquer obstáculo para serem consultados por otorrinos, gastros, pediatras, etc. No Centro Integrado de Atendimento Unimed (CIAUs) Aldeota, na rua José Vilar 1222, todos os profissionais compareceram para trabalhar e seguiram a rotina de consultas. O mesmo ocorreu na Hapclínica da Avenida Heráclito Graça 500 - unidade de atendimento do plano de saúde HapVida. Clinicas radiológicas, oftalmológicas, ginecológicas, cardiológicas e de várias outras especialidades e localizações na cidade também procederam atendimento normal, sem prejuízo para a população. Os poucos que optaram por não atender no dia, cuidaram de remarcar com antecedência consultas e procedimentos de todos os clientes. Para apoiar o protesto, a Clínica de Dermatologia das médicas Aurineuda e Kátia Facundo Alencar reprogramou todas as consultas agendadas anteriormente para o dia 18, não realizando nenhum atendimento na data. Conforme a atendente, além de particular, as dermatologistas atendem usuários dos planos Camed e Cassi. Sendo assim, "elas optaram por não consultar ninguém em apoio ao movimento". Movimento Dentre as reivindicações estão o valor pago pelos honorários médicos e a interferência dos planos de saúde na relação médico-paciente. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes, as operadoras limitam o número de exames aos usuários, especialmente os mais caros. "Tem que haver respeito com o paciente. Nós não temos que dar satisfação ao plano de saúde. Nosso objetivo é atender bem e não ficar dando lucro", afirma. José Maria diz que a data foi marcada pela reflexão da classe médica sobre as condições da profissão. "Não é à toa que, constantemente, postos de saúde e hospitais estão superlotados - onde é colocada a culpa? Em cima do médico. Não só somos culpados, mas também vítimas". Na manhã de ontem, os médicos se reunirão na sede do Simec, onde também estiveram presentes os dois prefeituráveis de Fortaleza, Elmano de Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PSB). A paralisação foi apoiada pelo Simec, Conselho Regional de Medicina do Ceará e Associação Médica Cearense, que seguiram o movimento nacional. Eles debateram as reclamações da classe. ÂNGELA CAVALCANTEREPÓRTER
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