Para 61,2% dos internautas, a melhor alternativa seria endurecer a legislação que pune infratores do trânsito, enquanto 38,2% entendem que campanhas como o Maio Amarelo, que mobiliza a sociedade e Estado no debate sobre segurança viária, sejam a forma mais adequada de enfrentar o problema.
Na opinião do presidente da Comissão de Viação, Transporte e Desenvolvimento Urbano da Casa, deputado Nezinho Farias (PDT), as duas medidas devem caminhar juntas e se complementando.
“Com o endurecimento das leis, talvez as pessoas adquiram mais consciência e responsabilidade sobre a segurança no trânsito, ao mesmo tempo em que são importantes as campanhas nacionais de mobilização da sociedade sobre essa questão”, assinala o parlamentar.
O deputado Elmano Freitas (PT) avalia que, para evitar as mortes no trânsito, o mais importante seria termos uma sociedade mais educada e que respeite a legislação. “As pessoas não bebendo para dirigir, respeitando as leis e os limites de velocidade, evidentemente nós vamos evitar as mortes”, salienta.
Na avaliação dele, “isso é mais importante do que o endurecimento da lei, porque, mesmo que a lei seja endurecida e quem provocou a morte seja punido, uma vida já teria sido perdida”.
O deputado Acrísio Sena (PT) também aponta que a melhor solução para evitar qualquer tipo de acidente no trânsito é um trabalho preventivo, de conscientização e de educação. “Precisamos, além disso, que haja o envolvimento dos municípios nessa questão, com a municipalização do trânsito, ou seja, que eles planejem, operacionalizem e fiscalizem o trânsito”, pontua.
O professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Mário Ângelo de Azevedo, também entende que as alternativas apresentadas não se excluem, constituindo o melhor caminho para um trânsito mais seguro.
“Elas devem atuar ao mesmo tempo, pois uma fiscalização mais rigorosa e dura vai educar os condutores, no sentido de torná-los mais conscientes e responsáveis na construção de um trânsito seguro”, ressalta.
RG/LF