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TCE recomenda aprovação das contas de Camilo com ressalvas - QR Code Friendly
Terça, 30 Mai 2017 05:29

TCE recomenda aprovação das contas de Camilo com ressalvas

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Plenário do Tribunal de Contas do Estado analisou ontem as contas de governo da gestão Camilo Santana de 2016 Plenário do Tribunal de Contas do Estado analisou ontem as contas de governo da gestão Camilo Santana de 2016 DIVULGAÇÃO
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendou ontem a aprovação com ressalvas das contas do governador Camilo Santana (PT) referentes ao exercício de 2016. O relatório será encaminhado ainda hoje para apreciação dos deputados na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).   Sobre o assunto Ceará deixou de usar o recurso em janeiro Embora o voto da relatora Patrícia Saboya tenha sido acompanhado por unanimidade pelo plenário, houve diversas críticas em relação à gestão fiscal do governo.   Entre as questões apontadas, a própria relatora ressaltou que receitas “atípicas” foram fundamentais para atingir os resultados. A conselheira indicou, por exemplo, o montante de R$ 1,5 bilhão de créditos extraordinários oriundos de recursos da repatriação, arrecadação de impostos e a utilização dos depósitos judiciais.   O conselheiro Alexandre Figueiredo considerou “gravíssimo” o uso de verba privada como receita do Estado após aprovação de lei estadual que autorizou utilização de recursos dos depósitos judiciais.   “Ressalva não é uma mera ocorrência. Pode ter desdobramentos mais graves. Uma delas, e que é gravíssima, envolve os depósitos judiciais. Eles entram no cofre do Estado como se fosse receita. Esses depósitos são da sociedade. É uma verba privada que está sob a tutela do Estado”, afirmou.   Ainda nas declarações de voto, o decano da Corte de contas diagnosticou infração do governo ao não aplicar, em 2016, o mínimo de 20% de arrecadação tributária com investimentos. Quanto à aplicação de recursos com Fomento às Atividades de Pesquisa Científica e Tecnologia (Funcap), Figueiredo também falou sobre o percentual investido de apenas 0,45%, inferior ao limite mínimo fixado pela Constituição Estadual, correspondente a 2%.   Já a conselheira Soraia Victor contestou maior volume dos repasses do Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI) em anos eleitorais. “Verifica-se um comportamento intrigante: no ano de eleições, os valores pagos do FDI sofrem aumento considerável, chegando a zerar em exercícios que não há”, disse.   A conselheira pediu, em uma das ressalvas, maior transparência sobre as empresas que recebem do Estado e maior fiscalização nesse processo, como a instalação de auditorias por parte da Corte.   Sefaz   O secretário da Fazenda, Mauro Filho, que acompanhou a análise das contas no plenário, afirmou que o uso da verba dos depósitos judiciais ocorreu dentro do que determina a lei estadual. Respondendo às críticas da conselheira Soraia Victor, o chefe da pasta afirmou que os pagamentos do FDI ocorrem em menor volume em alguns anos porque o governo “exerce suas prioridades. Em 2013, a prioridade era a educação e não Proapi”, rebateu.   Segundo ele, não há nenhuma anormalidade com as formas de pagamento e que o maior volume de transferências no final dos mandatos ocorre para cumprir o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).   WAGNER MENDES
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