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Líder do governo pede responsabilidade da AL - QR Code Friendly
Quarta, 24 Mai 2017 04:11

Líder do governo pede responsabilidade da AL

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Terminado o discurso do líder do Governo, os seus companheiros da bancada governista esvaziaram o plenário e a sessão acabou Terminado o discurso do líder do Governo, os seus companheiros da bancada governista esvaziaram o plenário e a sessão acabou ( Foto: José Leomar )
Em discurso na Assembleia Legislativa na manhã de ontem, o líder do governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), pregou que os discursos no Parlamento sejam feitos de forma desapaixonada. Ele disse ser fato que o País vive momento crítico, no qual a conjuntura política agrava a crise econômica instalada nos últimos anos, mas defendeu, com respeito às investigações em curso, que o cenário é fundamental para fortalecer a democracia. O pronunciamento ocorreu no mesmo dia em que Capitão Wagner (PR) protocolou pedido de abertura de processo por crime de responsabilidade contra o governador Camilo Santana (PT).     O pedetista afirmou não haver dúvidas quanto a importância do trabalho desempenhado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. "Ele é muito baseado no instituto da delação premiada, benefício concedido a delatores, muitas vezes criminosos, que aceitam de alguma forma colaborar no sentido de que as investigações possam ter andamento. É extremamente valioso esse instituto, que tem seus méritos, no entanto, não podemos permitir que essa ferramenta se torne arma para bandidos, para pessoas que querem efetivamente se safar das penalidades dos crimes cometidos".   Evandro disse ser importante, ainda, que a sociedade não se confunda. "Hoje, é fato que a classe política está extremamente desgastada. O desgaste é cada vez maior. Não podemos criminalizar o que até 2014 se poderia e hoje não pode mais, como, por exemplo, as doações de pessoas jurídicas (a campanhas), que até então poderiam e hoje elas estão impedidas legalmente", citou.   A reflexão serviu para que o líder mencionasse denúncias dos delatores da JBS. "Nós acompanhamos as operações nos últimos dias, mais precisamente sobre as delações dos sócios da JBS, quando os mesmos estão acusando de suposto encontro com o ex-governador Cid Gomes em que Cid teria pedido uma contribuição de R$ 20 milhões. Existe depoimento escrito onde o mesmo não fala isso".   Nesse momento, Evandro foi interrompido por Sarto (PDT), que analisou haver diferença entre o que se tenta igualar. "O presidente da República só se pronunciou sobre a denúncia, falou em conta-gotas. Dar entrevista é diferente, é dar a cara a tapa, oferecer a oportunidade para a imprensa perguntar", afirmou, referindo-se à entrevista concedida por Cid Gomes na segunda-feira (22), na Assembleia.   A despeito dos repasses de créditos de ICMS pelo Governo do Estado à JBS, Evandro Leitão apontou que os valores correspondentes aos anos de 2011, 2012, 2013 e 2014 estão documentados em R$ 11,5 milhões, R$ 18 milhões, R$ 12 milhões e R$ 97 milhões. "Cid foi extremamente feliz quando disse que ele não é ordenador de despesa. Existe o comitê de gestão que libera os recursos financeiros, portanto não vamos ficar com ilações, querendo passar para a sociedade algo que não existe".   Palanque   O líder do governo cobrou responsabilidade dos legisladores. "Temos de ser responsáveis, ter prudência, coerência e, sobretudo, equilíbrio, o que muitas vezes (não) vejo, como em falas anteriores querendo passar para a sociedade pirotecnias carnavalescas, querendo ter palanque, visibilidade, holofote".   Antes de Evandro, Wagner havia usado a tribuna para justificar a razão pela qual protocolou pedido de impeachment de Camilo. "Entrar com impeachment sem base legal para ter visibilidade? Precisamos servir e é isso o que a população espera de nós". Leitão ressaltou que não seria digno se capitalizar politicamente com algo que ainda precisa ser investigado. "Para isso, temos o Ministério Público e a Polícia Federal. Não devemos ficar utilizando da tribuna e do Parlamento para tentar visibilidade política. Talvez o que falte seja um pouco mais de trabalho".
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