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Pesquisa que coloca Ceará como segundo mais violento do País gera debate entre deputados - QR Code Friendly
Quinta, 13 Novembro 2014 06:28

Pesquisa que coloca Ceará como segundo mais violento do País gera debate entre deputados

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  A segurança pública voltou a gerar discussão na Assembleia Legislativa. Na sessão de ontem, deputados usaram seu tempo na tribuna para discutir sobre o tema e debater com outros parlamentares a situação do Ceará, quanto ao avanço da criminalidade. Parlamentares repercutiram a pesquisa da 8ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que traz o Ceará como o segundo Estado mais violento do Brasil. Heitor Férrer (PDT) lembrou que, em 2006, o Ceará ocupava a 15ª posição nesse ranking. “Éramos felizes e não sabíamos”, afirmou. O pedetista aproveitou para criticar a gestão do governador Cid Gomes (Pros), afirmando que a política adotada pelo gestor na área de segurança pública foi “equivocada”. Para ele, o governador eleito Camilo Santana (PT) precisará investir na implantação de escolas públicas em tempo integral; na ressocialização “real” de dependentes químicos e de ex-presidiários; e na iluminação das cidades, para tentar diminuir os índices de violência. Na opinião do parlamentar, ruas iluminadas repelem a violência. “Com uma iluminação adequada, as pessoas poderão ocupar as ruas, praças, logradouros e ficará mais difícil os bandidos praticarem atos violentos”, argumentou. O deputado Lula Morais (PCdoB) apontou que houve um recuo nos índices de violência em estados que tinham, em 2006, índices de violência superiores aos do Ceará. “Que políticas foram implementadas? Quanto foi investido? O Governo daqui investiu o dobro do que os governos anteriores, e não vemos resultado semelhante”, frisou. Já o deputado João Jaime (DEM) afirmou que o dinheiro que foi investido em segurança pública não foi bem aplicado. “Nem também os secretários para ministrar essa pasta foram bem escolhidos pelo governador”, acrescentou. O líder do Governo na AL, deputado José Sarto (Pros), observou que o Executivo “reconhece que a situação não está boa”. Sobre as políticas “equivocadas”, Sarto observou que “o Governo pode ter errado em uma coisa ou outra”. Contudo, “colocar policiais e agentes de seguranças nas ruas, promover concursos públicos, equipar policiais e delegacias. Nada disso vejo como investimentos equivocados”, afirmou. O deputado Professor Pinheiro (PT) apontou que o combate à violência “não se restringe apenas a aumentar o contingente policial, mas implica também em mexer em setores da sociedade brasileira”. Entre os avanços no Ceará, Pinheiro citou a formação de policiais militares e civis na mesma academia de polícia, lembrando que boa parte dos países não adota essa divisão entre polícia judiciária e ostensiva. Pinheiro defendeu uma maior integração entre os órgãos de segurança pública e o Poder Judiciário para, segundo ele, diminuir a sensação de impunidade. “A pesquisa mostrou que 81% dos entrevistados concordam que é fácil desobedecer às leis no País”, comentou. Já o deputado Delegado Cavalcante (PDT) destacou como necessário um choque de gestão na segurança pública, inclusive com um trabalho integrado com o Judiciário e o Ministério Público nas operações policiais.
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