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Divergência na AL quanto ao projeto - QR Code Friendly
Sexta, 21 Junho 2013 05:14

Divergência na AL quanto ao projeto

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  Aprovada na última terça-feira na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, a proposta que ficou conhecida como "cura gay" foi tema de discussão, ontem, na Assembleia Legislativa. Enquanto a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Casa, Eliane Novais (PSB) condenou o projeto, a deputada Silvana Oliveira (PMDB), se posicionou favorável à ideia, afirmando ainda que a homossexualidade é uma escolha. Segundo a peemedebista, o psicólogo deve ter o direito de tratar um paciente homossexual, caso ele solicite ajuda para mudar sua opção sexual e isso deve ser respeitado tanto pela população quanto pelo Conselho Federal de Psicologia. "Vivemos num tempo de liberdade de expressão e eu defendo aqui o direito do homossexual em procurar um profissional. Ser homossexual é uma escolha. Esse projeto não fere nada", disse. Para Silvana Oliveira, o que querem estabelecer no País é um padrão em que todos devem pensar da mesma forma. Segundo ela, somente porque pensa diferente de alguns segmentos da população é taxada de homofóbica. Liberdade O projeto de "cura gay", que garante a psicólogos propor tratamentos contra a homossexualidade foi aprovado na terça-feira em uma votação esvaziada de manifestantes e parlamentares. O autor da proposta, o deputado João Campos (PSDB-GO) chegou a dizer que o Conselho Federal de Psicologia estava limitando o direito assegurado ao profissional de psicologia, que é a liberdade de profissão. A matéria foi apresentada em 2011 e estava praticamente arquivada, quando foi retirada pelo presidente da Comissão dos Direitos Humanos, o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP). A terapia de orientação sexual no Brasil vigorou até 1999, quando o Conselho Federal proibiu, através de resolução, aos profissionais da área de participarem desse tipo de tratamento. O Conselho se baseia no posicionamento de 1990 da Organização Mundial da Saúde (OMS) que afirmou que a homossexualidade não é doença, visto ser ela uma variação natural da sexualidade humana. A deputada Silvana Oliveira ainda solicitou que as pessoas leiam todo o conteúdo do projeto aprovado naquela Comissão, que ainda precisa passar por mais duas comissões, na Câmara e Senado, para só depois ir à votação em plenário. De acordo com ela, a notícia de que o projeto prega a cura dos homossexuais é falsa. "O ´homossexualismo´ não é uma doença. É uma escolha e quem o é sabe disso", apontou. A deputada Eliane Novais, por outro lado, repudiou o projeto e afirmou que não se pode considerar homossexuais como doentes. Ela ressaltou ainda que os homossexuais são cidadãos, que trabalham, pagam impostos e devem que ser tratados como os demais cidadãos brasileiros. A pessebista solicitou ainda que os demais colegiados não permitam a tramitação da matéria no Congresso Nacional. O deputado Antônio Carlos (PT) também discordou do posicionamento de Silvana Oliveira. "A senhora tem todo o direito de expressar seu ponto de vista e, na minha compreensão, o debate constrói a democracia. Mas acho isso um retrocesso. Se esse projeto continuar, as passeatas irão até o Congresso com força maior", apontou.
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