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Crescimento do CE permanece superior à média brasileira - QR Code Friendly
Quarta, 12 Junho 2013 07:29

Crescimento do CE permanece superior à média brasileira

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  O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) cearense no primeiro trimestre deste ano foi revelado, ontem, durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Ceará, mostrando um crescimento de 1,94%. Este resultado ficou um pouco acima da média nacional, que fechou o período com alta de 1,90%, mas quando é analisado o acumulado dos últimos 12 meses, ou seja, do segundo trimestre de 2012, para o primeiro de 2013, o PIB do Ceará teve uma elevação de 3%, ou seja, quase o triplo do resultado do País, que ficou em 1,2%. Esta média do Ceará, superior à nacional, vem se repetindo nos últimos anos, resultado de uma série de investimentos realizados pelo Governo do Estado, bem como pela iniciativa privada, especialmente na região do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).De acordo com o professor Flávio Ataliba, diretor do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), invariavelmente os números obtidos pelo Estado são bastante semelhantes aos brasileiros, salvo alguns itens. Mas isto tem uma explicação na questão climática, pois nos três primeiros meses do ano, começam as chuvas aqui e, portanto, é quando os agricultores iniciam o plantio. Enquanto isso, nos demais estados brasileiros, é a hora de iniciar a colheita da safra, provocando um ganho muito forte. “No primeiro trimestre, o Ceará sempre fica abaixo na questão agropecuária, principalmente devido ao nosso inverno, que ocorre neste período e, portanto, somente a partir do segundo e terceiro trimestres é que passamos a ter resultados mais positivos”, explicou. SETORESE isso acabou se confirmando na pesquisa, pois em relação ao primeiro trimestre de 2012, o da Agropecuária teve um declínio de -5,94% no Ceará, enquanto no Brasil o crescimento foi de 17%. Mas o que equilibrou as contas em nosso favor foi a indústria, que teve uma expansão de 4,08%, bem superior ao resultado nacional, que teve decréscimo de -1,4%. Já o setor de serviços apresentou certo equilíbrio, com leve superioridade no Ceará, que cresceu 2,26%, frente à expansão de 1,9% em nível nacional. “Apesar da grande diferença no setor agropecuário, como ele representa um percentual bem menor em nosso Estado, isto acabou representando um impacto não tão forte, apesar dos dois anos seguidos de estiagem que estamos enfrentando”, destacou Ataliba. Ele também afirmou que a condução responsável das finanças públicas, a responsabilidade fiscal, o planejamento estratégico e as informações consistentes para a adoção de políticas públicas para o crescimento do Estado, foram fatores que influenciaram o resultado positivo do PIB cearense. “Aliado a estas situações, que foram realizadas pelo Governo do Estado, tivemos no primeiro trimestre um avanço significativo da Indústria, especialmente a construção civil, assim como a de transformação. Para este ano estamos prevendo R$ 5,5 bilhões em investimento público no Estado e cerca de 4% de crescimento do PIB. A execução de obras no primeiro trimestre foi pequena e provocou esse resultado não tão grande, mas mesmo assim, superior à média nacional”, completou o diretor do Ipece. Ainda falando sobre o desempenho da Indústria do Ceará, o professor Flávio Ataliba ressaltou que existe uma preocupação sobre a política mais restritiva que o Banco Central deve adotar, para frear a inflação. Isso porque o Estado depende muitos dos setores de Serviços e da Indústria. “Ano passado não foi muito bom para o nosso setor industrial. Mas, como ela é menos diversificada, calçados, alimentos e outros itens fazem parte daquilo que as famílias consomem e, com o aumento do poder aquisitivo das pessoas, houve uma manutenção elevada no nível de consumo. E, com a previsão de início das obras da Refinaria Premium II, com investimentos de US$ 11 bilhões, as previsões são ainda melhores. E o dobro do investimento do Estado, em apenas um empreendimento, sem falar que outras empresas deverão vir para cá, alavancando ainda mais a nossa economia”, concluiu Ataliba.
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