O diretor do DSAS, Luis Edson Sales, afirma que a campanha direcionada para a população "estimula o diálogo com as autoridades do Governo em todas as esferas, norteando a criação de políticas públicas sobre o tema da saúde mental”.
Segundo Luis Edson, essas diretrizes são inadiáveis para as demandas psicossociais das pessoas atingidas por transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão. “O Brasil precisa de melhores condições estruturais, políticas, econômicas e sociais para avançarmos nessa discussão tão relevante, daí a importância desse movimento social”, pontua.
PROJETOS
Sintonizada com a importância dessa questão, a Assembleia Legislativa instalou em 2019 a Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental e Combate à Depressão e ao Suicídio. O colegiado aborda estratégias de checagem da saúde mental. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é como uma epidemia silenciosa e necessita de um olhar atento para sua prevenção.
A Casa também já aprovou diversos projetos ligados aos cuidados com a saúde mental, entre eles, a proposta que dispõe sobre a instituição do Selo Empresa Amiga da Saúde Mental. A proposta dos deputados Evandro Leitão (PDT), Nezinho Farias (PDT), Érika Amorim (PSD), Renato Roseno (Psol), Jeová Mota (PDT), Patrícia Aguiar (PSD), Leonardo Pinheiro (Progressistas), Elmano Freitas (PT), Romeu Aldigueri (PDT) e Fernando Santana (PT), foi sancionada pelo ex-governador Camilo Santana e vigora na forma da lei 17.309/20.
O selo é concedido às empresas que desenvolvam ou participem de iniciativas e ações que contribuam para promoção da saúde mental e para inclusão social das pessoas com transtornos mentais.
Outra proposta também sancionada pelo ex-governador Camilo Santana, determina que os veículos de comunicação de órgãos públicos do Estado divulguem, em suas plataformas digitais, dicas e informes sobre cuidados com a saúde mental. A lei 17.310é fruto de proposta dos deputados Nezinho Farias (PDT), Jeová Mota (PDT), Fernando Santana (PT), Érika Amorim (PSD), Leonardo Pinheiro (Progressistas), Romeu Aldigueri (PDT), Renato Roseno (Psol), Evandro Leitão (PDT), Patrícia Aguiar (PSD), Elmano Freitas (PT), Augusta Brito (PT) e Bruno Pedrosa (PDT).
AJUDA PROFISSIONAL
A orientadora da Célula de Psicologia do DSAS, Conceição Guerra, lembra que janeiro é a época propícia para reflexões e mudanças de estilo de vida. “Para muitos de nós a virada do ano representa o início de um novo ciclo, com possibilidade de recomeço e de renovação. Isso diz muito sobre o que queremos mudar e o que queremos alcançar e para que isso ocorra, é fundamental estarmos atentos à nossa saúde mental”, explica.
Conceição Guerra assinala ainda a importância da ajuda profissional para aqueles que buscam uma jornada sadia e proveitosa. “É bom quando temos uma rede de apoio que nos auxilia em nossos projetos As vezes é preciso mais do que isso como, ajuda profissional e psicológica de pessoas que estão preparados para ajudar na caminhada e no autoconhecimento. Esse processo é importante na hora de traçar metas possíveis de serem realizadas, de modo a não causarem frustração ou sensação de fracasso. Por isso, é preciso pedir ajuda e aproveitar o início do ano para investir no auto cuidado”, destaca.
COMO SURGIU
Idealizada em 2014 pelo psicólogo mineiro, Leandro Abrahão, o movimento Janeiro Branco é uma ação de âmbito nacional dedicada à saúde mental da sociedade. A tônica da campanha é a construção de uma cultura pautada pelo bem estar emocional e psicológico, auxiliando na redução de doenças psicossomáticas e contribuindo para uma vida mais plena e longeva. O tema para o ano de 2023 é: “A vida pede equilíbrio”.
A temática foca na necessidade do "equilíbrio diante de mudanças cada vez mais desafiadoras e aceleradas que exigem novas atitudes, novas habilidades, novos entendimentos e novos comportamentos", aponta o site de divulgação oficial do movimento.
A campanha promove palestras, palestras-relâmpago, oficinas, cursos, workshops, entrevistas para a mídia, lives, caminhadas, rodas de conversa e abordagem de pessoas em todos os lugares nos quais as pessoas se encontram. Mais informações sobre o Janeiro Branco podem ser conferida no site janeirobranco.com.br/.
Giovanna Munhoz /com Comunicação Interna
Edição: Clara Guimarães