Tramitam em paralelo na Assembleia Legislativa dois projetos que, pelo menos na retórica, alcançam crianças, adolescentes e famílias. O primeiro impõe toque de recolher a menores de 18 anos das 22 às 5h (sem dizer onde seria o recolhimento ou quem o faria). A medida afetaria os flagrados sem a companhia de pais ou responsáveis. O segundo cria o Dia Ceará Sem Drogas, a ser celebrado em 31 de janeiro. Um trata da restrição e outro nada mais propõe do que celebrar uma mobilização criada pelos próprios deputados. Não são textos excludentes, mas, pelo pouco que se dispõem a acrescentar, indicam o grau de confusão e desconjuntamento que política e sociedade têm vivido.
Instituída para tratar de mortes de agentes de segurança pública em serviço, uma comissão externa da Câmara federal tem audiência hoje. A pauta não é simples: soluções para o problema. O cearense Flávio Sabino (PR) coordena os trabalhos. Aliás, é o único da bancada local.
Outro lado da história
Gabinete do deputado Roberto Mesquita (PSD, foto) reage a nota da Coluna, sobre proposta que sugere a criação de uma delegacia especializada em boletins de ocorrência. Diz que a ideia não é burocratizar o serviço de segurança pública, mas justamente o contrário. O projeto, segundo a equipe do parlamentar, visa a ajudar famílias que enfrentam dificuldades para, por exemplo, liberar corpos no IML.