Alvo de críticas da oposição na área da segurança, o prefeito Roberto Cláudio (PDT) rejeitou ontem que sua gestão tenha “lavado as mãos” com relação à violência em Fortaleza. Destacando ações no sentido de prevenir a criminalidade, o prefeito anunciou que estudo sobre o uso de armas de fogo letais pela Guarda Municipal será concluído até 15 de agosto.   LEIA TAMBÉM Câmara Municipal atuará contra uso eleitoral da Casa Secretários de RC rebatem críticas de Wagner e vice       “Estamos há quase um ano estudando tecnicamente, cientificamente, essa questão. Nos próximos 15 dias, vou receber esse grupo e fazer uma reflexão. Até 15 de agosto teremos um trabalho finalizado”, disse RC, em passagem pela Câmara Municipal. Ele destaca ainda que a gestão espera chamar mais de mil novos guardas, duplicando efetivo do órgão.     No último fim de semana, convenções de diversos candidatos da oposição centraram discursos sobre a violência na Capital – em sinal de que o tema deve dar tom da campanha deste ano. A própria proposta do uso de armas na Guarda foi feita por Capitão Wagner (PR), dono da maior coligação da oposição.     O uso de armas é reivindicação dos próprios guardas, que se dizem “vulneráveis” sem o equipamento. O sindicato da categoria diz ainda que agentes têm patrulhado ruas com coletes danificados e tasers sem munição. Nos bastidores, se comenta que RC não seria simpático à proposta, mas estaria disposto a ceder diante da pressão da categoria e de opositores.     O prefeito destaca, no entanto, que sua gestão não “dormiu no ponto” no trato da violência. “Temos investido em escolas de tempo integral, ampliação de políticas de juventude, construção de dois Cucas, expansão de 30% para mais de 60% da cobertura de luz branca, construção das Areninhas. Todas ações com papel social preventivo”.     Ações estratégicas   Presente na cerimônia de abertura do 2º semestre na Câmara, RC fez apelo para que o debate eleitoral “não pare” projetos importantes para a cidade. Ele também realizou balanço de suas últimas obras e apresentou propostas “estratégicas” da gestão para os próximos meses.     Entre elas, estão cinco leis que tratam de questões urbanísticas, incluindo a Lei Cidade Limpa, que trata, por exemplo, da veiculação de outdoors no Município. O prefeito também anunciou financiamento de US$ 73 milhões para ações ambientais.     Líder da oposição, Ronivaldo Maia (PT) contestou ações apresentadas pelo gestor. “O que temos é um prefeito desesperado em mostrar algum serviço, que mostra obras de manutenção como se fossem coisa nova”, disse.