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PP está dividido sobre impeachment de Dilma - QR Code Friendly
Terça, 05 Abril 2016 04:10

PP está dividido sobre impeachment de Dilma

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 Na manhã de ontem, durante solenidade na Assembleia Legislativa, os deputados federais do Ceará Adail Carneiro e Macedo oficializaram adesões ao PP, atualmente o terceiro maior partido da Câmara, com 51 parlamentares Na manhã de ontem, durante solenidade na Assembleia Legislativa, os deputados federais do Ceará Adail Carneiro e Macedo oficializaram adesões ao PP, atualmente o terceiro maior partido da Câmara, com 51 parlamentares ( FOTO: FABIANE DE PAULA )
Deputados cearenses do Partido Progressista (PP) na Câmara Federal estão indecisos quanto à votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Enquanto Adail Carneiro dá como certo que a maioria da sigla vai votar contra o impedimento da chefe do Poder Executivo, Paulo Henrique Lustosa e Macedo querem aguardar o resultado da comissão especial formada para discutir o impedimento da chefe do Poder Executivo.   Na próxima semana, membros do PP devem se reunir para decidir se permanecem ou se desembarcam do Governo Dilma Rousseff, uma vez que há alguns dias cerca de 22 dos 51 parlamentares da sigla na Câmara assinaram moção solicitando discussão interna sobre manutenção ou não de apoio à gestão do PT. Ainda que Adail Carneiro diga que o grêmio está 85% fechado com a administração petista, seus colegas relatam que há um racha na legenda, assim como em outra siglas aliadas.   Na manhã de ontem, durante solenidade na Assembleia Legislativa, Adail Carneiro e Macedo oficializaram adesões ao PP, atualmente o terceiro maior partido da Câmara, com 51 deputados, atrás de PMDB, com 68, e PT, com 58. No Ceará, o partido passou a ser a segunda maior bancada, com seis deputados, junto com o PMDB cearense.   Na bancada cearense na Câmara, há a maior quantidade de parlamentares, junto com PT e PDT, sendo que Paulo Henrique Lustosa é suplente em exercício, assumindo na vaga deixada por Carneiro (egresso do PHS), hoje assessor especial de Camilo Santana. Já Macedo deixou o PSL para ingressar na agremiação.   Segundo o vice-presidente estadual da sigla no Ceará, o prefeito Antônio José, a discussão sobre o tema está em nível nacional, mas o presidente da legenda, o senador Ciro Nogueira, informou a todos os diretórios estaduais que o partido continuava na base de sustentação do Governo. "Ele está discutindo com os deputados federais para trabalharmos na votação contra o impeachment e a favor da democracia. Nós aqui no Ceará somos contra o impeachment", disse o dirigente. O presidente do grêmio no Estado, Padre Zé Linhares, não participou do evento, pois estava viajando.   Moção   Conforme Paulo Lustosa, a preço de hoje, o partido está na base, mas há moção do partido propondo eventual saída, o que vai ser discutido somente após resultado da comissão especial do impeachment. Cerca de 22 parlamentares do PP assinaram o documento pedindo discussão para o dia 12, mas nem todos os parlamentares que assinaram têm posição sobre o tema.   "Eu, por exemplo, quero ver o relatório da comissão. Mas pelas manifestações, eu não diria que a posição do Governo é tão confortável no PP. Em termos de diretórios, a posição governista ainda é maioria, principalmente no Nordeste. Mas no Centro-Sul, a maioria é a favor do impeachment", declarou Lustosa.   A saída do PMDB do Governo Federal abriu espaço para acomodações na administração de Dilma Rousseff. No entanto, para o PP, as negociações feitas até aqui, na prática, segundo Paulo Lustosa, são soluções de acordos pactuados desde dezembro de 2014, no pós-eleição. A indicação de Joaquim Cruz para o Banco do Nordeste, por exemplo, conforme informou o parlamentar, é de março de 2015.   "Não é que o PP tenha aumentado seu espaço. O DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra a Seca), por exemplo, desde 2014 já havia sinalização do meu nome para lá. Até agora não houve toma-lá-dá-cá, mas o Governo está fazendo o que não fez desde 2014, por causa de pressão do PMDB", justificou o deputado federal.   Já Adail Carneiro, que está licenciado da Câmara, afirmou que tem se pautado pelo que colocou o ex-presidente Lula em visita a Fortaleza no sábado passado. Ele foi um dos parlamentares que participaram do evento público, na Praça do Ferreira, e do almoço com Lula. O parlamentar afirmou que as práticas da presidente Dilma Rousseff não podem culminar em um processo de impeachment. "Eu sou contra isso, e o que há é uma tentativa de golpe. Temos que fazer com que o brasileiro entenda que há necessidade de restabelecer a economia", alegou.   Relatoria   Carneiro afirmou ainda que, em conversa com Ciro Nogueira, o dirigente colocou que, dos 51 deputados da sigla, cerca de 85% tendem a apoiar a presidente, o que não foi confirmado pelos outros dois parlamentares do PP. Ele pode voltar à Câmara para garantir mais um voto contra o processo de impeachment.   Macedo, por exemplo, destacou que não há como se ter um posicionamento no momento. Ele, que é suplente da comissão especial do impeachment, disse que vai aguardar a relatoria para ter um posicionamento sobre o tema. Macedo, como alguns outros políticos que mudaram de partido recentemente, fizeram a troca com a intenção de ficar ao lado do Governo federal.   Recentemente, para os dirigentes estaduais do PP, o senador Ciro Nogueira reafirmou o seu compromisso de conduzir o partido para ficar ao lado da presidente Dilma Rousseff, afirmando também que estão em curso as negociações para que o partido indique um filiado do PP para ser o diretor geral do Dnocs, vaga aberta com a exoneração de Walter Gomes, indicado pelo ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves.
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