O "nó cego" da mobilidade urbana
Nos primeiros de janeiro, a presidente Dilma assinou um dos mais importantes documentos da sua gestão até o momento, sancionando a Lei de número 12.587, criando a Política Nacional de Mobilidade Urbana. A matéria, na sua abrangência, inclui todas as cidades com mais de 20 mil habitantes. Por ela, o País há tempos aguardava, e, mesmo chegando quase tarde, representa um fio de esperança para os que sonham com cidades brasileiras livres de estrangulamentos no seu trânsito. Infelizmente, a onda de escândalos em que se têm envolvidos alguns ministros, terminou por abafar um assunto crucial, cuja concretização poderá salvar, não só a Copa do Mundo -14 para 12 capitais, como os Jogos Olímpicos do Rio. No caso de Fortaleza, o problema não é a falta de debates sobre o assunto. Na gestão do ex-presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho, foi realizado um Seminário sobre o assunto, envolvendo autoridades, lideranças políticas e empresariais e técnicos. O tema já foi também motivo de discussões na Assembleia Legislativa. Planos e sugestões foram apresentados. Porém, o mais sério são as dificuldades para colocá-los em prática. Os problemas físicos, relativos ao alargamento de ruas e avenidas e à construção de túneis, não são os únicos. A prefeita Luizianne lembra que, por mais que se fizer, será difícil normalizar a mobilidade, sem as pessoas a priorizarem o transporte coletivo sobre o individual, e o público sobre o privado. É assim que agem os moradores das metrópoles do mundo. Sem isso, será difícil evitar um “nó” desenredável, pela exiguidade do tempo. Só que tal mudança de comportamento, exige qualidade nos transportes coletivos. Mas, esse é assunto para outra ocasião.
• Lançamento. Ontem, no Comitê de Imprensa da AL, a jornalista Silvana Frota fez o lançamento da revista “Ceará e Municípios”, em que faz um balanço das gestões do CE e de 30 municípios. Presentes, o presidente da AL, Roberto Cláudio, e vários deputados e demais personalidades.
• Homenagem. Na ocasião, o presidente Roberto Cláudio, afirmou que o novo anexo da AL, a ser inaugurado em março, terá o nome do avô do governador Cid, José Euclides Ferreira Gomes.