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Quarta, 05 Dezembro 2012 06:31

Da tribuna, deputado contesta TRE e ataca O POVO

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 Peemedebista, durante pronunciamento no Legislativo, em defesa do próprio mandato Peemedebista, durante pronunciamento no Legislativo, em defesa do próprio mandato FOTO: SARA MAIA
  Um dia depois de ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o deputado Carlomano Marques (PMDB) subiu à tribuna da Assembleia para contestar a decisão da Corte. Segundo o parlamentar, a condenação por compra de votos na eleição de 2010 – determinada na última segunda-feira por 4 dos 6 votos do pleno do TRE – se baseia apenas em “presunções”, sem a apresentação de provas materiais que o relacionem a crimes eleitorais. “Eu estou sendo condenado porque alguns julgadores acharam que ‘a irmã dele pediu voto porque ele mandou’, e o nome disso é presunção. Não se pode condenar ninguém por presunção”, disse o deputado, que afirma que estava em Aracati no momento das denúncias. A decisão do TRE teve como base reportagem do O POVO, publicada em 21 de setembro de 2010. A matéria denuncia que o então candidato à reeleição era o principal beneficiário de atendimentos médicos feitos pela irmã, a médica e vereadora Magaly Marques (PMDB). As consultas – com direito a atestado médico – eram feitas no comitê do peemedebista, na Varjota, mediante apresentação de documentos e título de eleitor. Irresignado, Carlomano afirma que irá recorrer da decisão em todas as instâncias possíveis - dos embargos de declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Vou às últimas consequências para defender meu mandato. Pego em arma se for preciso”, diz. Em sua defesa, o deputado ainda afirma que recebeu três mil votos a mais que o último candidato a assumir vaga na Assembleia. “Mesmo que eu tivesse feito isso (compra de votos), não bastaria isso para que eu fosse cassado. Porque acompanhado do ilícito provado você tem que ter a repercussão do fato. Se aquele fato mudaria o destino da eleição”, diz. Irmã de Carlomano, Magaly Marques também foi condenada pelo TRE. O POVO tentou entrar em contato com a vereadora, mas não obteve resposta. Ela não compareceu a sessão de ontem na Câmara. AssembleiaO presidente da Assembleia, prefeito eleito Roberto Claudio (PSB), afirma que ainda é cedo para avaliar qual será a postura da Casa com relação a decisão do TRE. “Esperamos notificação oficial do TRE para tomar qualquer posicionamento”, diz. Caso não obtenha êxito recorrendo da decisão, a saída de Carlomano Marques abre vaga para Danniel Oliveira (PMDB) ser efetivado na Casa. Com a renúncia de Roberto Claudio em 31 de dezembro para assumir a Prefeitura de Fortaleza, também assume a deputada Silvana Oliveira (PMDB). Quem ENTENDA A NOTÍCIA Reeleito para o sexto mandato consecutivo em 2010, Carlomano tirou 41.444 votos. Tem domicílio eleitoral em Fortaleza, que também é o principal colégio eleitoral do peemedebista. Autodefine-se como de centro-esquerda.
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