DATA: 05/04/16
HORA: 14h30min
LOCAL: Salão Nobre da Alec.
PAUTA: Discutir formas de potencializar o combate ao mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.
DEPUTADOS PRESENTES: Carlos Matos, Fernanda Pessoa, Leonardo Pinheiro, Evandro Leitão.
CONVIDADOS PRESENTES: Coordenador da Coprom-Sesa - Márcio Garcia,
RESUMO: Ficou definido que será realizada, na próxima semana, uma visita ao município de Pedra Branca, para verificar a experiência positiva dos agentes de endemias da cidade.
Também estão agendadas reuniões quinzenais, além de terem sido definidas diversas ações, como encontros regionais, visitas técnicas e de acompanhamentos, produção de material educativo, propagandas institucionais, anúncios, criação de ferramenta de sugestões, entre outras.
Conforme o deputado Carlos Matos (PSDB), presidente da Frente, o objetivo é identificar os gargalos de combate ao mosquito. "A expectativa é ajudar o Governo, pois a Assembleia Legislativa, com seus 46 deputados, de diferentes partidos, são uma grande força de articulação", destaca. Ele ressalta que o Ceará tem liderado o ranking nacional de óbitos relacionados aos casos de microencefalia em recém-nascidos afetados pelo zika vírus.
Para o relator da Frente, deputado Leonardo Pinheiro (PP), a iniciativa dos parlamentares é fundamental, por ser uma questão de saúde pública no Ceará. "A dengue ainda causa muitas vítimas, e a zika deixa sequelas graves, tendo um impacto social muito grande", diz.
Neste ano, já foram notificados 6.419 casos de dengue, 43 casos de chikungunya e 426 de microencefalia pelo zika vírus (do final de 2015 até o momento) no Ceará, conforme dados da Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde (Coprom) da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa).
O coordenador da Coprom-Sesa, Márcio Garcia, destaca que o Ceará tem um Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) bastante eficiente. "Como vários estados muitas vezes não conseguem identificar os óbitos, pode ser que isso tenha contribuído para que o Ceará esteja liderando o ranking nacional", afirma. Apesar disso, ele ressalta que o Nordeste concentra a maioria dos casos do País devido às condições climáticas da região, que contribuem com a proliferação do mosquito.
Segundo dados da Sesa, dos 6.419 casos notificados de dengue neste ano no Ceará, 2.834 foram confirmados (44,1%). Houve uma redução de 28% nos casos notificados em relação ao mesmo período de 2015 e redução de 71% nos casos confirmados, de acordo com Márcio Garcia. Dos 426 casos notificados de microencefalia causados pelo zika vírus, 17,5% foram confirmados, 26,1% descartados e 56,8% estão em investigação.
"Foram 27 óbitos no Estado, com 14 investigados e confirmados, causados pelo zika", disse o coordenador da Coprom-Sesa. Ainda segundo Márcio Garcia, em 2015, foram 13 casos de chikungunya, sendo nove importados e quatro autóctones, que são os que tiveram origem no Ceará. Neste ano, já foram 43 casos, 16 importados e 27 autóctones.
http://www.al.ce.gov.br/index.php/ultimas-noticias/item/51385-0504gr-frente-combate-aedes-aegypti-revisado