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Políticos lamentam a exclusão nos protestos - QR Code Friendly
Terça, 17 Março 2015 04:39

Políticos lamentam a exclusão nos protestos

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Ontem, Gilberto Carvalho participou de um debate, na Assembleia Legislativa, sobre o atual modelo político brasileiro Ontem, Gilberto Carvalho participou de um debate, na Assembleia Legislativa, sobre o atual modelo político brasileiro FOTO: TUNO VIEIRA
  Os protestos do último domingo, em todos os estados brasileiros, apontavam para a presidente Dilma Rousseff e o seu partido, o PT, mas atingiu a todos os políticos ao não permitirem, seus organizadores, que qualquer líder partidário ou detentos de mandatos se utilizassem dos espaços e dos microfones dos coordenadores para expressarem suas posições, mesmo contrária ao Governo petista. Alguns políticos que apareceram, inclusive em Fortaleza, no encontro da Praça Portugal e nos demais pontos do País evitaram exposição temendo reação adversa, pois estavam advertidos de que não poderiam fazer proselitismo nos eventos. Ouvidos pela reportagem do Diário do Nordeste, alguns oposicionistas, sem esconder a frustração, destacam o caráter não partidário da mobilização, os governistas acusam os adversários de estarem por trás dos promotores. Tem ainda quem veja o impedimento de discursos políticos como um desconforto dos brasileiros com seus representantes, em função de falhas no sistema político do País. De acordo o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), a direção do seu partido se reuniu, antes das manifestações, e orientou a todos a participarem das manifestações como cidadãos, e não como filiados a agremiação, para "quebrar o discurso de que é terceiro turno". Parecer Já o deputado federal Danilo Forte (PMDB) avaliou ser conveniente que os partidos políticos não tenham participado efetivamente dos atos, sendo uma oportunidade para o surgimento de novas lideranças. "A manifestação foi convocada pelos setores da sociedade e as pessoas, enquanto cidadãos, puderam participar. Eu fui, levei minha família, fiz questão de levar minha filha para ela ver que para tudo tem que ter luta". Na visão de José Airton (PT), entretanto, a mobilização teve caráter partidário. "Isso aí foi uma estratégia para não dar uma caracterização partidária. De não querer parecer político, mas todo mundo sabe que (partidos de oposição) apoiaram". O deputado estadual Elmano Freitas (PT) também vê a postura como uma tática da oposição. Roberto Mesquita (PV), por sua vez, avalia que o comportamento do público presente ao ato revela o descrédito que as pessoas têm da classe política - para ele, o objetivo das pessoas que foram às ruas é que se faça cumprir as leis e que haja transparência. "Acredito que a Nação não se manifesta para priorizar partido A ou B, se engana quem pensa isso. Foi a favor de um Brasil melhor e mais justo". Endossando a visão do colega, Carlos Felipe (PCdoB) afirmou ser um diagnóstico errado querer classificar todos os manifestantes como eleitores que não votaram em Dilma Rousseff. "Existe uma descrença muito grande em relação à política. Meu próprio filho não me apresenta como político, mas como médico. E esse descrédito é ruim para a democracia", lamentou. "Essa manifestação, mesmo com o foco contra o Governo, foi contra a política como um todo". Os parlamentares também divergem quanto à influência que as mobilizações do último domingo podem "emprestar" aos partidos e agentes políticos que fazem oposição à Dilma Rousseff. Enquanto oposicionistas apontam um "fortalecimento automático" das agremiações, governistas avaliam que a oposição deverá aproveitar o momento para tentar enfraquecer a imagem da presidente. Danilo Forte afirmou que a oposição deve se fortalecer automaticamente, mas, para isso, ponderou ser necessário construir um projeto. "O que o povo quer é ação, está cansado só de promessa e especulação", disse. Carvalho diz que Governo Federal não pode recuar Em passagem por Fortaleza, o ex-secretário geral da presidência da República, Gilberto Carvalho, afirmou que o Governo Federal e o PT não podem recuar e ter medo de enfrentar a corrupção, como uma forma de dar uma resposta às manifestações realizadas durante o último domingo em todo o País Na avaliação de Gilberto Carvalho, é necessário radicalizar no combate à corrupção. "Uma das coisas mais importantes é radicalizar o que nós estamos fazendo. Está claro que a população não aceita corrupção. Vamos então radicalizar. Vamos procurar estimular que o Judiciário não demore com os processo, porque é muitas vezes no Judiciário que está o problema de punição dos culpados. Vamos agravar no Congresso. Acho muito importante essa lei anti-corrupção. Vamos também abrir sigilos, convocar a sociedade para que haja um combate à corrupção generalizado", destacou o petista. Gilberto Carvalho também disparou contra as manifestações realizadas no domingo ao alegar que as mobilizações falharam ao simplificar as questões. "O que a gente não pode aceitar é que se simplifique as questões e se fale em coisas como impeachment, ditadura militar. Tirando esse aspecto, a mobilização é bom para o Brasil. Nós crescemos fazendo isso a vida toda", pontuou o petista. Dura Além da necessidade de o Governo Federal assumir uma posição mais dura quanto ao combate à corrupção, Gilberto Carvalho defendeu que o PT precisa adotar postura semelhante com filiados envolvidos. "No PT, nós também não podemos recuar. Nós temos que ir para o combate. Nós é que fizemos a distribuição de renda, nós é que fizemos a Justiça Social no País", ressaltou o ex-secretário geral da presidência. Gilberto Carvalho ainda reforçou a necessidade de se buscar acelerar as medidas voltadas para a recuperação da economia e de se aumentar a pressão pela reforma política. "Gilmar Mendes precisa devolver aquele voto dele e acabar com esse financiamento empresarial de campanha. É essa a principal fonte da corrupção", justificou. O petista também minimizou as consequências dos protestos ao ressaltar que o Governo já está acostumado a essas situações. "Vejam o terrorismo que foi feito que ia faltar energia elétrica no País, que ia ser um caos. O que aconteceu? Nada. Então, nós estamos acostumados a viver sob esse terrorismo", completou Gilberto Carvalho.
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