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Camilo defende escolas de tempo integral como saída para a violência - QR Code Friendly
Terça, 09 Setembro 2014 06:02

Camilo defende escolas de tempo integral como saída para a violência

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Camilo defende escolas de tempo integral como saída para a violência FOTO: EDIMAR SOARES
  O candidato ao governo Camilo Santana (PT) afirmou ontem que apenas botar mais policiais nas ruas não é suficiente para reduzir a violência no Estado. O melhor caminho, segundo ele, é investir nas escolas de tempo integral. “Estou convencido de que o problema não será resolvido só com mais Polícia. Vou abraçar as áreas mais críticas e começar por elas, implantar escola de tempo integral”, disse Camilo, abrindo a série de sabatinas com os candidatos ao governo do Ceará e ao Senado promovidas pelo Grupo de Comunicação O POVO. O candidato lançado pelo governador Cid Gomes (Pros) respondeu à bancada de jornalistas do O POVO sobre assuntos como atrasos e defeitos de obras estaduais, aumento dos índices de criminalidade e o escândalo dos banheiros. Com relação ao maior adversário na disputa e líder nas pesquisas, Eunício Oliveira (PMDB), Camilo evitou endossar acusações feitas por seu apoiador Ciro Gomes contra o ex-aliado. Eunício Oliveira Questionado se considera Eunício “um ladrão”, tal como o chamou recentemente Ciro Gomes (Pros), secretário estadual da Saúde e figura de destaque na campanha do petista, Camilo não respondeu. “Cada um tem suas responsabilidades. Cabe perguntar ao Ciro”. Lembrado de que a acusação depõe contra o governo Cid, pois Eunício participou dele de 2007 até maio deste ano, Camilo novamente se esquivou. “Vou manter meu propósito de conversar com os cearenses, apresentar o que pretendo fazer nos próximos quatro anos”. Arrecadação Ainda a respeito de Eunício, Camilo foi indagado sobre aliados seus – como Ciro e o prefeito Roberto Cláudio - tacharem o adversário de “candidato dos ricos”, embora prestação de contas enviada à Justiça Eleitoral tenha mostrado que o petista arrecadou 50% a mais do que Eunício, na declaração exclusivamente dos candidatos. “Eu nunca falei isso. Quem mostrou foram os próprios meios de comunicação. (Eunício) é o candidato que tem o maior patrimônio do Brasil. Com relação à prestação de contas, estamos cumprindo uma exigência da lei eleitoral. Nada na minha campanha entra sem ser oficial e sai sem ser oficial”. Violência O candidato prometeu, se eleito, investir em escolas de tempo integral para reduzir a criminalidade. Segundo ele, não basta botar mais policiais nas ruas. “A grande saída é a escola de tempo integral”. Prometeu também “reorganizar” o programa Ronda do Quarteirão, principal bandeira da primeira campanha de Cid ao governo. “Quando digo reorganizar o Ronda, é voltar a cumprir o papel para o qual ele foi originalmente criado, polícia cidadã, presente no bairro, em que o policial conhece os hábitos da população”. Confrontado com declaração do ex-secretário estadual da Segurança, Francisco Bezerra, de que a ex-prefeita Luizianne Lins (PT) não colaborou no combate à violência em Fortaleza por não ter oferecido espaços de lazer para os jovens, Camilo evitou tomar posição. “Foi ele (Bezerra) que deu essa declaração. A Prefeitura criou equipamentos importantes, os Cucas, por exemplos. Pretendo ampliar. Pode ter sido pouco, mas acho importante ter mais”. Banheiros A respeito do chamado escândalo dos banheiros, esquema de desvio de dinheiro destinado à construção de kits sanitários no interior do Estado por associações comunitárias, Camilo eximiu-se de culpa, observando que o dinheiro dos convênios foi liberado quando ele ainda não era secretário das Cidades. “Assumi em janeiro de 2011. Seis meses depois de serem liberados 100% dos recursos. O que fiz foi prorrogar o prazo para a prestação de contas dessas entidades. Em abril (de 2011), antes de o escândalo ser noticiado, eu identifiquei, mandei abrir tomada de contas especial”. E ressaltou que, posteriormente, demitiu servidores envolvidos. Segundo Camilo, o fato de o programa não ter sido retomado até que ele deixasse a pasta, mais de dois anos após o escândalo, deve-se ao cuidado com a regularidade dos processos. “Propus ao Estado que, em vez de repassar dinheiro para as associações, o próprio Estado fizesse licitação. Passamos seis meses para que essas questões fossem discutidas no Tribunal de Contas (do Estado). É importante que seja feito com o maior zelo possível”. Obras defeituosas Indagado sobre o que faria, caso eleito, para evitar defeitos em obras do Estado como o desabamento de parte do teto do Hospital Geral de Fortaleza, o desabamento da marquise do Hospital Regional Norte, em Sobral, e o rompimento da adutora de Itapipoca, Camilo minimizou as falhas. “Toda obra está sujeita a ter problemas. Se você comprar um apartamento nas melhores construtoras de Fortaleza, vai ter problemas quando se recebe o apartamento. Isso é natural”, respondeu. “O volume de obras que o governo fez, a grande maioria tem uma qualidade incomparável às obras do passado”. Cidades miseráveis Camilo foi questionado ainda se, após sete anos atuando primeiro como secretário do Desenvolvimento Agrário e depois como secretário das Cidades do governo Cid, teria coragem de fazer campanha nos municípios de Araripe, Potengi, Itatira, Granja e Salitre, os cinco com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Ceará, como mostrou O POVO no último domingo. “Claro que vou ter. Por que eu não teria coragem? Não vai ser em sete anos que nós vamos resolver os problemas do Ceará. Mas garanto que nesses últimos sete anos melhoraram muito as condições do cearense”, afirmou. Obras atrasadas O candidato do governador citou dificuldades na licitação para justificar o atraso da conclusão do Metrô de Fortaleza (Metrofor), obra do governo estadual que já consumiu R$ 2 bilhões e tem hoje apenas uma linha funcionando, em estágio de teste. “Houve um esforço do governador em tirar (do papel) essa obra, que estava enganchada há muito tempo, e fazer com que ela se concretizasse. O metrô está pronto”, disse Camilo. “Existem alguns equipamentos que deram problema na licitação, equipamentos de segurança. Isso está sendo solucionado (...) como futuro governador, pretendo garantir o funcionamento pleno do metrô em Fortaleza”. Outro investimento do Estado destacado na sabatina foi a compra, por R$ 15,4 milhões, de uma usina de açúcar desativada em Barbalha. O governo a adquiriu, em junho de 2013, alegando querer fortalecer a produção agrícola na região. A usina continua sem funcionar. “Está-se atrás de parcerias, porque não é papel do Estado assumir o papel de reativar a usina (...) a ideia é fazer parceria com o setor privado, onde o Estado seja sócio. Jamais o Estado faria algo nesse sentido não tivesse viabilidade (...) Eu vou me esforçar muito para que a gente possa reativar”, disse Camilo. Concurso Camilo prometeu contratar professores para as 3 universidades estaduais: Uece, Urca e UVA Segurança Segundo o petista, o Estado reduziu em 14,5% o número de homicídios em agosto passado, em relação a agosto de 2013 VLT Se for eleito, Camilo disse que, até 2016, vai botar para funcionar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Entrevistadores ÉRICO FIRMO Colunista e editor adjunto de Conjuntura FÁBIO CAMPOS Colunista do O POVO LUIZ HENRIQUE CAMPOS Editor de Opinião RUY LIMA Apresentador da TV e rádio O POVO/CBN Próxima sabatina HOJE Eunício Oliveira ( PMDB)
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