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Bloco de oposição dificulta gestão Camilo - QR Code Friendly
Quarta, 29 Outubro 2014 07:20

Bloco de oposição dificulta gestão Camilo

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  A bancada de oposição da Assembleia Legislativa do Ceará que atuará a partir de janeiro de 2015 para o próximo quadriênio (2015/2019) cresceu, com relação à base atual que possui apenas seis parlamentares. Na gestão de Camilo Santana (PT), eleito governador do Estado, cerca de 11 parlamentares, dentre os quais cinco novos eleitos, estarão no Plenário 13 de Maio para questionar as ações do novo governante. Preferindo denominar o futuro bloco de “bancada da fiscalização”, o deputado Heitor Férrer (PDT) afirmou que a sua atuação será “constitucional”, onde continuará a fiscalizar os atos do Governo, cobrando ações do Executivo, para que contribua nas soluções de problemas da sociedade. “Somos aqui representantes populares, a nossa sintonia deve ser com a sociedade, e não com representantes do Governo”, reverberou. “Tachar o deputado de oposição ou de situação, é como se nós estivéssemos apaixonados ou odientos. Devemos ser isentos para analisar aquilo que é bom para a sociedade, e aquilo que não serve”, complementou Heitor. Além do pedetista, os deputados Danniel Oliveira (PMDB), João Jaime (DEM), Eliane Novais (PSB), Roberto Mesquita (PV) e Fernanda Pessoa (PR) fazem oposição ao governador Cid Gomes (Pros). Na nova legislatura, a expectativa é de que os deputados Capitão Wagner (PR), Walter Cavalcante (PMDB), Agenor Neto (PMDB), Carlos Matos (PSDB), Renato Roseno (Psol) e Elmano de Freitas (PT) integrem o grupo que atuará para apontar falhas e cobrar explicações do governo. CPI Com a nova configuração do bloco oposicionista será, em tese, mais “fácil” reunir o apoio necessário para a abertura de investigações com as Comissões Parlamentares de Inquérito. As famosas CPI’s incomodam governos e são consideradas palanques para o desgaste político dos gestores. Já para a oposição, as comissões são vistas como “instrumentos da minoria” uma vez que exigem a coleta de assinatura de apenas um terço dos parlamentares. No caso da Assembleia do Ceará, a oposição precisa reunir 12 deputados. Na atual composição, com apenas seis parlamentares de oposição, o governo Cid não enfrentou nada além de discursos e ameaças. GOVERNISTAS O 1º secretário da Mesa Diretora, deputado de situação, Sérgio Aguiar (Pros), aponta que o novo bloco, logo que assumir as cadeiras, deverá iniciar os discursos repercutindo ainda a eleição, tendo em vista o acirramento da disputa. “Eles vão vir com essa discussão, mas será uma discussão política, não uma discussão que venha trazer qualquer prejuízo administrativo ao Estado”, ajuizou. No contraponto, Aguiar assegurou que a base aliada do Governo estará “coesa” e “unida”, para poder fazer a defesa do “projeto de continuidade” representada por Camilo Santana. “Nós temos que construir um futuro pensando nos quatro anos de governo do Ceará, cada um com a sua posição”, reverberou. MUITO BARULHO O deputado Fernando Hugo (SD), que após 24 anos de mandato na Assembleia Legislativa irá para a suplência, chama a atenção: “A oposição barulhenta, muitas vezes não significa a oposição cidadã, obstinada a ter um Ceará progressista e mais unificado na situação socioeconômica”. De acordo com o parlamentar, que ao longo de sua vida política tanto esteve presente na situação como na oposição, muitos opositores buscam muito mais a “medalha individual da sua vitória” do que o bem coletivo do progresso do Estado. “Acredito que essa nova bancada de pessoas poderá, na oposição, propor, fiscalizar, instruir, dialogar, discutir e quem sabe, serem opositores que façam o real e verdadeiro bem para o Ceará”, finalizou. A deputada Fernanda Pessoa (PR) avalia que os novos deputados têm muito o que acrescentar na Assembleia, tendo em vista que muitos já possuem mandato de vereador ou alguma experiência administrativa e partidária. “Vamos cobrar temas referentes à seca, saúde e educação. Podemos fazer uma grande bancada”, pontuou.
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