Fortaleza, Quinta-feira, 28 Novembro 2024

Pesquisar

Comunicação

Comunicação AL TV Assembleia FM Assembleia
Banco de Imagens Previsão do Tempo Contatos

Programa Alcance

Alece 2030

Processo Virtual

Processo Virtual - VDOC

Legislativo

Projetos / Cursos

Publicações

Login

O incômodo silêncio na Segurança Pública do Ceará - QR Code Friendly
Segunda, 05 Agosto 2013 06:17

O incômodo silêncio na Segurança Pública do Ceará

Avalie este item
(0 votos)
  Mês a mês, a barra estatística da criminalidade no Ceará aumenta. Mais assaltos, mais roubos, mais gente morta. O Estado vive uma violência sem precedentes. E amarga um silêncio das autoridades responsáveis pela segurança considerado intrigante por entidades representativas de policiais civis e militares, estudiosos, Ministério Público, imprensa e sociedade civil. Há quem avalie essa postura como estratégica. “E, ao mesmo tempo, uma falha gritante. Compreendo como uma decisão para tentar não manchar a imagem perante organismos internacionais, especialmente a Fifa (devido à Copa das Confederações, ocorrida este ano, e à Copa do Mundo, em junho de 2014). É preocupante. O silêncio mostra que há algo errado. Porque não existe silêncio no setor do turismo, da captação de recursos etc. A questão é que o Governo não admite ter errado no modelo escolhido e fica procurando causas que justifiquem a criminalidade”, analisa o pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV/UFC), Marcos Silva. Em 2013, o Ceará alcançou a marca de 11 homicídios dolosos por dia. Mata-se mais em Fortaleza (quatro/dia) do que em São Paulo, cidade com população 4,5 vezes maior. Mas a SSPDS pouco vem a público de forma voluntária para avaliar a crise e prestar contas do trabalho desenvolvido na área. Quando fala, quase sempre, é de forma pontual, diante da procura de jornais e emissoras de rádio e TV. Ainda assim, com ressalvas. Ao O POVO, inúmeras entrevistas já foram negadas. Um sinal de retrocesso para o coordenador do Laboratório de Estudos e Pesquisas Conflitualidade e Violência (Covio/Uece), Geovani Jacó. “Na área da segurança, esse governo mudou radicalmente para pior na segunda gestão (quando saiu o secretário Roberto Monteiro e entrou o atual, coronel Francisco Bezerra). O governo está blindado e com um projeto que não dialoga. Todas as atribuições estão nas mãos de um secretário e um comandante de Polícia dessintonizados com uma política cidadã adequada à perspectiva democrática assumida em estados campeões de criminalidade e que, pela mudança de eixo, reduziram os índices. Aqui, vemos o alijamento da sociedade e a blindagem do governo. Temos um governo que não admite críticas e uma Polícia que não faz autocrítica. Estamos vendo a falência do sistema de segurança.” Também há queixas quanto à divulgação dos indicadores criminais, obrigação prevista na Lei Federal nº 12.527 (a chamada Lei de Acesso à Informação). Até ontem, 4, por exemplo, a SSPDS não havia divulgado os dados referentes a junho. O POVO já denunciou várias vezes a recorrência dessa demora. “O silêncio é falta de respeito! Significa prepotência. Se calam para o problema sumir. Mas o problema não some. Ele só aumenta. É uma estratégia burra. Esse silêncio me deixa é mais insegura. A gente tem o direito de ir e vir; e eles o dever de patrocinar uma segurança eficiente. O Governo tem que tomar a responsabilidade para si. Mas há quase uma omissão conivente com a violência. Virar a cara para o caos é absurdo”, critica uma das organizadoras do movimento “Fortaleza Apavorada”, Eliana Braga. Para esta reportagem, O POVO tentou entrevistar o secretário Francisco Bezerra desde 22 de julho. Após 14 dias e várias ligações, a assessoria do coronel pediu que perguntas fossem enviadas por e-mail. Até o fechamento da página, nenhuma resposta havia sido dada, a exemplo do ocorrido em procedimentos anteriores adotados pela SSPDS. E agora? ENTENDA A NOTÍCIANesta quarta-feira, 7, o secretário da Segurança, Francisco Bezerra, deve ir à Assembleia Legislativa prestar contas do trabalho na pasta. Nos próximos dias, uma audiência pública pode acontecer a pedido do MP, provocado pelo movimento “Fortaleza Apavorada.” Serviço Para solicitar dados O quê: Quem solicitar dados à SSPDS e não for atendido (ou não for atendido no tempo previsto por lei), pode acionar o Ministério Público do Estado do CearáOnde: rua Assunção, nº 1.100, bairro José Bonifácio. Outras informações: 0800 28 11 553 7 tentativas nenhuma resposta Em várias matérias especiais sobre segurança, O POVO tentou falar com a SSPDS, mas não obteve resposta. A seguir apontamos sete tentativas. 6/3/2013 Janeiro] Fortaleza registra 54 mais homicídios do que SPSecretário não podia falar porque estava numa reunião com todos os secretários 8/3/2013 Arma de fogo] Fortaleza tem o 3º maior aumento de mortes do Brasil em 11 anos SSPDS iria se debruçar sobre a pesquisa para depois se pronunciar 7/5/2013Grande Fortaleza] 873 mortes a bala em 4 meses SSPDS recebeu e-mail e foi contactada por telefone, mas não deu qualquer retorno 16/5/2013 Janeiro a abril] Assassinatos crescem 29% no CearáSSPDS disse que secretário não falaria. Isso caberia à PM, que não nos atendeu também 17/6/2013 Cidadania e gestão] 17 ações para combater a insegurança no CearáSSPDS pediu para perguntas serem enviadas por e-mail. Foram, mas não veio a resposta. Foi acionado por telefone e rede social. Sem retorno 18/6/2013 Violência] O que SP e PE fizeram e o Ceará nãoSSPDS pediu para perguntas serem enviadas por e-mail. Foram, mas não obtivemos resposta. Acionamos por telefone e rede social. Sem retorno 1/7/2013 Mobilidade e Segurança] Lições da Copa para a cidadeSSPDS pediu para as perguntas serem enviadas por e-mail. Foram, mas não obtivemos resposta. Acionamos por telefone e rede social. Sem retorno.”
Lido 2128 vezes
Mais nesta categoria: « Coluna Vertical Agenda da Semana »

Protocolo Digital

PROCON ALECE

Portal do Servidor

Eventos


 

  31ª Legislatura - Assembleia Legislativa do Ceará                                                                         Siga-nos:

  Av. Desembargador Moreira, 2807 - Bairro: Dionísio Torres - CEP: 60.170-900 

  Fone: (85) 3277.2500