A manutenção do novo prédio do Instituto Dr. José Frota, conhecido como IJF 2, não vai onerar os cofres da Prefeitura de Fortaleza, garante Roberto Cláudio (PDT). As despesas com a construção da unidade, orçada em R$ 42 milhões, serão divididas entre União, Estado e Município, que é responsável por 20% desse gasto. As obras do IJF 2, cujo edital foi lançado ontem, têm previsão de conclusão 24 meses depois de iniciadas. A previsão é que os trabalhos comecem ainda neste ano. O custo total do IJF 2, com o acréscimo de máquinas, está estimado em R$ 74 milhões. De acordo com RC, o funcionamento do anexo do IJF seria garantido por repasses da União. Com a abertura de leitos, explica o prefeito, o volume de transferências também aumentaria, já que a divisão de recursos do SUS é calculada com base no número de leitos de hospital. “Não tem (como arrecadar) dinheiro novo para leito existente. Não existe recurso adicional para um leito credenciado. Só há um jeito de captar recursos federais, que é com novos leitos”, argumenta. Embora o intuito seja o de obter mais dinheiro para a saúde, uma área considerada prioritária pela gestão do pedetista, RC corre o mesmo risco do ex-governador Cid Gomes com o Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim. Inaugurado há um ano, mas ainda sem funcionar por falta de recursos, o hospital também foi construído sob a expectativa de financiamento federal. Além do investimento na construção do hospital, a prefeitura espera também gastar mais com equipamento e modernização do IJF. Heitor Férrer Para evitar impacto extra na folha de pagamento da Prefeitura de Fortaleza, Roberto Cláudio também afirmou que não haverá novos concursos para o IJF 2. Os 74 médicos aprovados em certame realizado no ano passado irão preencher as vagas para a unidade.   Segundo RC, também há hoje profissionais de saúde “subutilizados” no IJF, que contam com boa equipe, mas sofrem com equipamentos antigos e falta de espaço. As explicações sobre a estrutura de gastos do hospital foi uma resposta de Roberto Cláudio às críticas do deputado estadual, Heitor Férrer (PSB). Pré-candidato à Prefeitura em 2016, Heitor disse que a construção do IJF 2 seria um “equívoco” da gestão de RC, justamente por concentrar o orçamento da saúde. Para o deputado, o ideal seria investir os recursos nos Frotinhas e Gonzaguinhas, hospitais que o atual prefeito também promete reformar a partir deste ano. A ideia do IJF 2 partiu do próprio Heitor ainda durante a campanha eleitoral de 2012, quando era candidato a prefeito. Na última segunda-feira, 18, o parlamentar recuou na proposta e criticou a gestão de RC por adotá-la. Saiba mais Ontem, o prefeito de Fortaleza esteve reunido com seu secretariado. O encontro com a equipe tinha como objetivo avaliar gestão e estabelecer prioridades para o último ano de mandato, em que também concorre à reeleição. Segundo RC, as áreas prioritárias para o fim da gestão são saúde, educação e mobilidade urbana. Terminar obras iniciadas e começar outras, como a do IJF 2, é o foco de 2016. Além dessa obra, o prefeito destacou implantação de wifi nos ônibus e reforma dos terminais de ônibus, além de obras de mobilidade.