Em busca de recursos para amenizar a crise na saúde, o governador Camilo Santana (PT) se reúne, hoje, com a presidente Dilma Rousseff. Ele cumpre agenda desde ontem em Brasília, quando participou de almoço no Palácio Itamaraty com o primeiro-ministro da China, Li Keqiang. Na oportunidade, foram firmados diversos acordos, entre eles o que prevê a ampliação do número de brasileiros enviados à China por meio do programa Ciência Sem Fronteiras. Também foram fechadas parcerias nas áreas de geração de energia, logística e compartilhamento de dados. Antes da viagem, Camilo Santana afirmou que, embora governo federal não vivencie um bom momento para discutir ações pontuais de cada estado brasileiro, era sua “obrigação” colocar a situação da saúde e “juntos construir os caminhos para melhorar a saúde pública do Estado do Ceará”. E, mais uma vez, reforçou a necessidade de mais verbas para a Saúde, sem as quais a resolução do problema não seria possível. Em entrevista, o governador adiantou que repetirá a Dilma o que vem dizendo sobre o assunto, salientando que existe um problema de financiamento na saúde brasileira. E detalhará que, antes os recursos eram divididos com a União. Só que, nos últimos oito anos, a proporção passou a ser de 80% custeada pelo Estado e 20% pela União. Portanto, para Camilo, a crise só será resolvida se tiver mais dinheiro. “Vamos mostrar o que aconteceu nos últimos oito anos”, salientou, após solenidade de assinatura do termo de adesão ao seguro Garantia-Safra 2014/2015. Camilo afirmou já ter tomado algumas medidas para solucionar a questão da saúde. Zezinho Sobre a Saúde o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (Pros), saiu em defesa de Camilo alegando que a crise teria motivação política. “É uma crise política que não falam a verdade e tentam ridicularizar todos os cearenses, até mesmo o governador. A coisa precisa ser esclarecida”, pontuou, acrescentando que notícias plantadas com fotografias de outros estados estão sendo divulgadas. O parlamentar, porém, admitiu haver um grande problema na saúde, mas o governador estaria buscando as soluções. Pacto federativo Hoje, além do encontro com Dilma, Camilo participará de encontro com os governadores de todo o País e o presidente do Senado, Renan Calheiros. O peemedebista pretende retomar o debate de temas da agenda federativa, entre eles a repactuação das obrigações orçamentárias dos entes federativos para segurança pública, educação, saúde e previdência. Renan tem defendido que o Congresso ofereça alternativas para que os estados consigam driblar a crise no País. A proposta de reforma do ICMS reduz as alíquotas interestaduais do imposto e garante maior arrecadação ao destino das mercadorias. Por isso, é alvo de disputa entre os Estados. Aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado em maio de 2013, o texto ainda precisa passar por duas comissões antes de seguir para o plenário da Casa.