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Coluna Fábio Campos - QR Code Friendly
Segunda, 02 Abril 2012 05:30

Coluna Fábio Campos

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  Casa de ferreiro, espeto de pau O PT mantém cinco nomes como potenciais candidatos a prefeito de Fortaleza. Atentem que cada um tem sua força política (interna e externa) e trabalha livremente para se credenciar. O partido montou uma agenda para a escolha do nome que deverá sair de um encontro. As prévias não estão descartadas. É corrente a crítica de que Luizianne Lins trabalha para emplacar o seu preferido. Uma obviedade natural da política. Alguém poderia esperar algo diferente? Porém, o seu desejo, como o de todos, terá que passar pelo crivo das instâncias partidárias. O fato é que a discussão interna vai prevalecer e, como é usual no PT, a maioria leva. O PSB faz um caminho diferente. Os que estão no cotidiano do partido até aqui desconsideram a posição do governador Cid Gomes, que defende a permanência da atual aliança. O comando do partido colocou em prática uma metódica engrenagem para romper a aliança e lançar um nome próprio. Atentem para a frase de Ciro Gomes: “O partido está na ponta dos cascos. E o Cid, nesse aspecto da aliança, tem sido uma voz isolada”. Mas, qual foi o processo de indicação de possíveis candidatos definido pelo PSB? Nenhum. Pelo que se lê e se observa, o nome já foi escolhido. Trata-se do presidente da Assembleia, Roberto Cláudio. Ou seja, ao contrário do que ocorre no PSB, o processo do PT recebe ampla cobertura da crônica política, é bastante conhecido do distinto público e se baseia em antigas regras internas. As mesmas que, em 2004, por força dos votos da maioria, transformaram Luizianne em candidata até contra o desejo de Lula. O POVO do dia 20 de março passado mostra que Ciro Gomes voltou a atacar a prefeita nos seguintes termos: “A Luizianne quer interditar o debate e controla o PT de Fortaleza como um coronel”. Mas, que debate interno de escolha de um possível candidato próprio o PSB colocou em prática? Não colocará. O candidato já foi escolhido. Porém, quando um jornalista pergunta a algum prócer do PSB acerca dos nomes que o partido tem para a possível disputa, ouve-se a citação de três ou quatro. É para inglês ver. Afinal, é notória a articulação em torno de um só nome. Isso é ruim para o escolhido. O deputado Roberto Cláudio é um jovem e promissor político. Não merece ganhar tão cedo o carimbo de candidato “oficial” fruto da decisão de cúpulas. Além disso, risca-se, de forma desrespeitosa, as chances de outros potenciais candidatos. Ciro ganhou dimensão política na era Tasso. Tempos em que a escolha de um candidato nascia de um hermético laboratório do Cambeba. Deu-se assim, com debate completamente interditado, a sua escolha para ser candidato a prefeito de Fortaleza e a governador do Estado. Sérgio Machado e Amarílio Macêdo que o digam.
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