O Orçamento de Fortaleza para 2013, que deverá ser aprovado hoje em redação final na Câmara Municipal, é o primeiro sinal da forma de articulação política do prefeito eleito Roberto Cláudio (PSB). A tramitação da matéria ocorreu de forma pacífica, sem as demoradas discussões que ocorriam em plenário, sobretudo quando o assunto eram as emendas parlamentares. Entre a futura base governista, a avaliação é de que o Orçamento, de R$ 5,5 bilhões foi moldado da forma como RC queria. “Esse Orçamento contempla a vontade política do prefeito eleito”, afirma o vereador Elpídio Nogueira (PSB). Ele foi um dos principais responsáveis por fazer a mobilização para que as adequações solicitadas pela equipe de transição de RC fossem feitas na peça orçamentária. De acordo com Elpídio, as áreas priorizadas foram saúde, educação e mobilidade urbana. “O Orçamento está como ele (Roberto Cláudio) queria”, diz Walter Cavalcante (PMDB), que, junto a Elpídio, foi o interlocutor entre a futura gestão e os vereadores. Porém, ele pondera que haverá alterações no direcionamento das verbas já após iniciado o governo. O motivo é que o Orçamento não contempla as mudanças administrativas pretendidas pelo prefeito eleito, como criação ou junção de secretarias municipais. Isso porque a Lei Orçamentário Anual (LOA) de 2013 é feita com base no Plano Plurianual (PPA) 2010-2013 e este plano não prevê alterações na estrutura administrativa do município. Por isso, explica Walter, o futuro prefeito vai enviar projetos para a Câmara logo no início da gestão, criando secretarias e fazendo o remanejamento no Orçamento. (Marcos Robério - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Saiba mais Um dos aspectos tidos como exitosos pelos vereadores durante a articulação foi a apresentação das emendas ao Orçamento. A relatora do Orçamento, Eliana Gomes (PCdoB), diz que a forma como foi conduzido o processo representa uma vitória política para o prefeito eleito e para os próprios vereadores.