Aquiles Peres Mota
Filho de Otacílio Mota e de Antônia Peres Mota. Nasceu a 09.08.1924, em Ipueiras-CE.
Advogado. (Formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, em 1952). Promotor Público, em Guaraciaba do Norte, São Benedito e Ipueiras (no Ceará); Deputado Estadual (eleito em 1955); Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Orçamento e Finanças; Vice-líder da U.D.N. (União Democrática Nacional); 1º Secretário; Líder do Governo e da ARENA (Aliança Renovadora Nacional); um dos Fundadores da Mocidade Udenista, em 1950 (permaneceu fiel aos seus ideais partidários até o último dia de sua atuação política); Presidente do Ferroviário Atlético Clube; Jornalista; Diretor do jornal «Diário do Povo»; Membro da Associação Cearense de Imprensa; Orador.
Exerceu salutar influência na política cearense durante mais de quatro décadas. Como Deputado, marcou, de forma indelével, sua passagem pelo Legislativo cearense. Durante vários anos foi figura importante e decisiva no dia-a-dia da Casa. Desde jovem, destacou-se como líder, pertencendo a um ciclo político iniciado com a presença de jovens estudantes nas lides partidárias, figuras estas que galgariam posições de destaque nos destinos do Ceará, a saber: Joaquim de Figueiredo Correia (Deputado Estadual/Federal e Vice-governador do Estado do Ceará), Chagas Vasconcelos (Deputado Estadual e Federal), Vasconcelos de Arruda (grande líder estudantil e Deputado Estadual em várias legislaturas), Dorian Sampaio (Deputado Estadual e brilhante Jornalista), Manoel Lima Soares (Advogado e Jornalista), Lúcio Lima (Professor e Jornalista), Stênio Leite Linhares (Desembargador), Luciano Magalhães (Deputado e Jornalista), Ernando Uchôa Lima (Ex-presidente Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil) entre tantos outros que viriam a se firmar no cenário sócio-político do Estado do Ceará. Era o grupo oriundo do Centro Estudantil Cearense.
Como Líder do Governo, conduzia-se com equilíbrio e respeito no trato com a oposição, encaminhando a defesa das teses do Governo com veemência, adotando sempre uma forma de convivência respeitosa para com a Minoria.
Foi o último orador a ocupar a tribuna do Paço Senador Alencar, na antiga sede do Poder Legislativo Estadual. Num gesto de amor e respeito, e de forma simbólica, representando todos quantos tiveram passagem pelo centenário prédio instalado em 1871, comovidamente na despedida beijou a Tribuna, deixando transparecer a emoção em lágrimas.