Antônio Gomes da Silva Câmara
Antônio Gomes da Silva Câmara nasceu em 04 de abril de 1938, em Tauá, no Ceará. Filho do magistrado José Ósimo da Silva Câmara e da Sra. Maria Gomes de Oliveira Câmara.
Iniciou seus estudos no grupo escolar Joaquim Pimenta, em Tauá. Cursou o 2º Grau no li-ceu do Ceará, em Fortaleza e estudou na Escola Industrial de Fortaleza. Bacharelou-se em Direito, em 1973, pela UFC. Em 1957 ingressou como funcionário da Previdência Social, chegando a superintendente-adjunto do Órgão, no Ceará. Foi procurador concursado do INPS, depois INSS e por último, removido para a Advocacia Geral da União.
Originário de uma família com marcante atuação política na região dos Inhamuns e mais for-temente no município de Tauá, que foi governado de 1919 a 1927 pelo seu bisavô Domingos Gomes de Freitas, o advogado Antônio Câmara, em 1974, então superintendente adjunto do INPS, recebeu o convite para ser candidato a deputado estadual pela Aliança Renovadora Nacional (Arena). Aceito o convite, o can-didato licencia-se do cargo efetivo para concorrer às eleições de 15 de novembro de 1974.
Foi deputado estadual em cinco legislaturas consecutivas, de 01 de fevereiro de 1975 a 31 de janeiro de 1995. Nesse período, participou praticamente de todas as comissões técnicas em funciona-mento na AL. Foi vice-lider do Governo Virgilio Távora e líder do Governo Gonzaga Mota. Autor de vários projetos de lei, merecendo destaque o que autoriza a contagem de tempo de serviço prestado à empresa privada para fins de aposentadoria dos serviços estaduais.
Na condição de líder do PDS, presidiu a sessão em que os deputados do partido majoritário na AL elegeriam os seis delegados do Ceará, com direito a voto no Colégio Eleitoral, que escolheria o pre-sidente da República, em 15 de janeiro de 1985. Foram eleitos membros do Colégio Eleitoral que escolheu Tancredo Neves presidente da República, os deputados estaduais Antônio Câmara, Raimundo Bezerra, Jarbas Bezerra, Etevaldo Nogueira, Domingos Fonte e José Mário Barbosa. A partir desse episódio, os dissidentes do PDS que votaram em Tancredo Neves, do PMDB, e não em Paulo Maluf, do PDS, e segui-am a orientação do governador Gonzaga Mota, migraram para o PMDB, entre eles estava Antônio Câmara.
Em 1985, foi nomeado pelo então governador Gonzaga Mota secretário de Governo. No pe-ríodo, se deu o rompimento político do governador Gonzaga Mota com os ex-governadores Virgilio Távora, César Cals e Adauto Bezerra, que juntos haviam viabilizado a eleição de Gonzaga Mota, em 1982.
No início de 1987, o deputado Antônio Câmara foi eleito presidente do Poder Legislativo ce-arense no biênio 1987/1988, contando com o apoio do então Gonzaga Mota. Nesse período, Antônio Câma-ra assumiu a chefia do Executivo em várias oportunidades. Também na gestão do governador Tasso Je-reissati, assumiu o governo inúmeras vezes, em decorrência da ausência do vice-governador Francisco Castelo de Castro, acometido de grave enfermidade e em constantes tratamentos fora do Estado.
Na Assembléia Legislativa o deputado Antonio Câmara presidiu a Assembléia Estadual Constituinte instalada para a elaboração da Constituição Estadual de 1989. Durante este período, além de garantir mecanismos de transparência dos trabalhos e participação da sociedade o deputado assegurou o deslocamento da Assembléia Constituinte a regiões do Estado para colher as iniciativas populares, travan-do-se calorosos debates com as comunidades, suas lideranças, seus representantes, prefeitos, vereadores, deputados e suas forças populares. A eleição de 1990 foi a última que o deputado Antônio Câmara partici-pou, elegendo-se mais uma vez pela legenda do PMDB, desempenhando neste mandato o cargo de líder da oposição ao governo Ciro Gomes.