A articulação dos partidos para ter presença nas 18 comissões técnicas permanentes da Assembleia Legislativa (AL) começou nesta semana, após as composições serem desfeitas pela Mesa Diretora. Pelo menos cinco comissões estão entre as mais disputadas pelos parlamentares, com o objetivo de manter as presidências dos colegiados.   As comissões de Constituição e Justiça; Orçamento; Administração e Serviço Público; Saúde e Educação estão na mira dos partidos. A queda de braço pela liderança das comissões fica mais acirrada após mudanças nos blocos partidários motivada pela dissolução do grupo formado pelo PSD, PMB e MDB.   A ruptura, em 2017, levou deputados a solicitarem revisão das composições das comissões, uma vez que as vagas são divididas entre os blocos, respeitando proporções definidas em regimento. “A decisão pela ruptura afeta a distribuição”, explica Leonardo Araújo (MDB), um dos parlamentares que reivindicaram a alteração.   Alguns deputados já deixaram claro interesse de manter a presidência de algumas das comissões mais cobiçadas. É o caso de Sérgio Aguiar (PDT), que presidia a Comissão de Constituição e Justiça. “O PDT pretende manter a presidência das comissões que presidia. De repente, com o recálculo, podemos até ampliar o número”, disse. Ano passado, os pedetistas presidiam cinco comissões.   O POVO apurou que o deputado Carlos Felipe (PCdoB), que presidia a Comissão de Seguridade Social e Saúde, também almeja manter o posto. A reportagem tentou contato com o parlamentar, sem êxito. Na oposição, bloco com menor número de parlamentares, pretensão também é manter a presidência. “A ideia é continuar”, disse Carlos Matos (PSDB), que presidia a Comissão de Recursos Hídricos. Mas, segundo ele, o bloco — com cinco deputados — ainda não discutiu o tema.   Como os blocos ainda estão indefinidos, ainda não há lideranças. São os líderes dos blocos que indicam os parlamentares para as comissões. Enquanto isso, é a Mesa Diretora quem delibera pelas comissões, por até dez sessões.