O deputado estadual e médico Welington Landim (PROS) morreu, na manhã de ontem, aos 59 anos, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Mateus, em Fortaleza, de falência cardiorrespiratória, após dez dias internado em consequência de uma meningite bacteriana. O corpo dele será sepultado no fim da tarde de hoje, em Brejo Santo, Município em que foi prefeito no início de sua vida pública. Ele era casado com a ex-deputada estadual Gislaine Landim e tinha quatro filhos. > É decretado luto oficial no Estado > Familiares e amigos se despedem de deputado > Assembleia fica sem atividade O corpo do parlamentar foi velado, no início da noite de ontem, no plenário da Assembleia que ele presidiu por quatro anos. Houve uma missa de corpo presente e logo depois ele foi levado para Brejo Santo, onde foi velado durante o restante da noite e ficará até o fim da tarde, quando haverá uma outra missa. As sessões da Assembleia e da Câmara Municipal de Fortaleza foram canceladas, ontem, logo após o anúncio feito pelo deputado Fernando Hugo (SD), no plenário do Legislativo cearense. Ele estava internado desde o dia 31 de maio, quando foi encontrado desacordado pelo filho na cozinha do apartamento onde morava. No dia, ainda chegou a ser cogitada a possibilidade de trombose, mas em seguida foi confirmado o diagnóstico de meningite bacteriana. O parlamentar iniciou a trajetória política como prefeito de Brejo Santo, sendo eleito para o cargo em 1988. Em 1994, venceu o pleito de deputado estadual, cargo para o qual foi reeleito desde então. Também foi presidente da Assembleia Legislativa no biênio 1999/2000 e reeleito para os dois anos seguintes. Interrompeu a carreira no Legislativo em 2002, quando se candidatou a governador pelo PSB, ocasião em que obteve 240 mil votos e ficou na quarta posição da disputa. No mesmo pleito, sua mulher, Gislaine Landim, foi eleita para a Assembleia Legislativa. Sem mandato, foi coordenador da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) no Ceará. Em 2006, voltou à Assembleia. O deputado nasceu em Brejo Santo no dia 14 de novembro de 1955. Era formado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e chegou a dirigir a Policlínica de Medicina Especializada e o Hospital Geral, ambos em Brejo Santo. Três dos quatro filhos de Landim também são médicos, Guilherme Landim, que hoje é prefeito de Brejo Santo, Gilvan Landim e Bárbara Landim, além de um advogado, Welington Filho. Semiárido Priorizando a defesa de políticas públicas para o semiárido, especialmente na Região do Cariri, Welington Landim era grande defensor das obras da Transposição das Águas do Rio São Francisco. Em 2013, foi escolhido relator da Comissão Especial da Seca na Assembleia Legislativa. No mesmo ano, ele presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel, que reuniu representantes das operadoras telefônicas e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para discutir o serviço prestado no Ceará. Até as eleições de 1998, Landim concorreu pelo PSDB. Posteriormente filiou-se ao PSB, no qual permaneceu até migrar, em 2013, para o PROS. Ele trocou de partido seguindo os passos do ex-governador Cid Gomes. Com a morte do deputado Welington Landim, o primeiro suplente da coligação formada por oito partidos, Leonardo Pinheiro (PSD), será efetivado no cargo de deputado estadual. Hoje ele atua na Casa graças à vaga deixada por deputados que estão no secretariado do governador Camilo Santana. O sexto suplente, Dr. Santana, do PT, também da Região do Cariri, deve ser convocado a assumir o mandato. Isso porque o segundo, terceiro e quinta suplentes da coligação, Professor Teodoro (PSD), Fernando Hugo (SD) e Rachel Marques (PT), respectivamente, já estão em atuação. O quarto suplente, Dedé Teixeira (PT), está como secretário do Desenvolvimento Agrário. Dr. Santana só não terá espaço na Assembleia se Dedé resolver voltar para a Casa, o que não deve ocorrer.