Você está aqui: Início Últimas Notícias Seminário destaca implantação de ações para mobilidade urbana
Domingos Neto observou que mobilidade urbana vai muito além do trânsito. “Temos de falar em integração, acessibilidade e planejamento estratégico”. Ele destacou que há uma pauta específica para o setor, com a agenda de obras da Copa de 2014 em várias capitais do País. Segundo o deputado, somente 5% dos recursos previstos foram até o momento executados, o que, na sua opinião, é alvo de preocupação.
O deputado federal disse que foi lançado pelo Governo Federal o PAC da Mobilidade Urbana, com previsão de R$ 32 bilhões para investimentos no País. Para o parlamentar, a ideia é se privilegiar o transporte de massa, notadamente o ferroviário. "Cada conjunto de vagões tira 1.200 carros das vias”, citou. Domingos Neto observou que, atualmente, a média de tempo gasto para deslocamento ao local de trabalho gira em torno de 4 horas. E defendeu que é preciso reduzir esse tempo. Domingos Neto falou ainda da aprovação da Lei de Mobilidade Urbana, obrigando os municípios com mais de 20 mil habitantes fazer o seu plano de mobilidade.
O vice-governador Domingos Filho considerou um desafio a organização urbana. “O Processo de conurbação com os municípios vizinhos transformou a Região Metropolitana de Fortaleza em uma área com cerca de 3,6 milhões de pessoas. Os problemas são visíveis, mas ainda em tempo de planejamento. A mobilidade é um tema que angustia todas as cidades do País”, salientou.
O urbanista Fausto Nilo destacou que a mobilidade urbana está mais vinculada à qualidade de ocupação do solo do que propriamente a abertura de vias ou a implantação de modalidades de transporte. Segundo ele, é preciso devolver aos centros urbanos as características perdidas ao longo do tempo, como a proximidade entre a moradia, local de trabalho, escola e comércios.
O especialista ressaltou que nas cidades antigas a territorialidade tinha a extensão de uma caminhada. Porém, com o advento do automóvel, como modalidade de transporte individual, as cidades passaram a ter maiores áreas, forçando longos deslocamentos. E ao longo dos anos, o adensamento populacional transformou-se gerando os maiores problemas urbanos hoje conhecidos, entre estes o incremento dos índices de violência. Para ele, a questão da mobilidade deve ser resolvida com uma nova ocupação do solo pela população.
Compuseram ainda a mesa dos trabalhos o deputado federal Artur Bruno (PT-CE), o secretário especial da Copa Ferrúccio Feitosa, o presidente do Tribunal de Contas dos Municípios, Manoel Veras, os deputados estaduais Fernando Hugo (PMDB) e Nenen Coelho (PSD), o presidente do Metrofor, Rômulo Fortes,e o presidente da Etufor Ademar Gondim.
JS/CG