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Quarta, 02 Julho 2014 05:17

Um deles será o governador do Ceará

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Camilo Santana foi secretário do Desenvolvimento Agrário entre 2007 e 2010 e secretário das Cidades até setembro do ano passado, sendo o deputado estadual mais votado em 2010. Está há 13 anos no PT e integra a ala da agremiação mais próxima aos irmãos Ferreira Gomes. Filho do ex-deputado Eudoro Santana, Camilo é engenheiro agrônomo e servidor do Ibama. Em 2012, chegou a ser cotado para ser candidato à Prefeitura Municipal de Fortaleza. É do Crato. Camilo Santana foi secretário do Desenvolvimento Agrário entre 2007 e 2010 e secretário das Cidades até setembro do ano passado, sendo o deputado estadual mais votado em 2010. Está há 13 anos no PT e integra a ala da agremiação mais próxima aos irmãos Ferreira Gomes. Filho do ex-deputado Eudoro Santana, Camilo é engenheiro agrônomo e servidor do Ibama. Em 2012, chegou a ser cotado para ser candidato à Prefeitura Municipal de Fortaleza. É do Crato.
  As eleições deste ano no Ceará terão um número consideravelmente reduzido de candidatos ao pleito majoritário, que são os cargos de governador, vice-governador e senador. Somente quatro chapas foram homologadas pelos partidos até o último dia 30 de junho - prazo final para a realização de convenções - para disputar a cadeira mais alta do Palácio da Abolição. Representando o grupo apoiado pelo arco de alianças do governador Cid Gomes, o escolhido para encabeçar a chapa ao Governo Estadual é o deputado Camilo Santana (PT). A vice-governadoria será disputada pela ex-secretária da Educação Izolda Cela (PROS), que era uma das pré-candidatas ao Governo Estadual. Ela comandou a pasta mais bem avaliada da gestão liderada por Cid de 2007 a abril de 2014 e é casada com o prefeito de Sobral, Veveu Arruda. Para o Senado, quem concorre pela chapa governista é o deputado Mauro Filho, titular da Secretaria da Fazenda de 2007 a setembro de 2013. O parlamentar é economista e professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Ceará. Mauro Filho foi secretário da Fazenda da Prefeitura de Fortaleza em 1989, na gestão de Ciro Gomes. Nos anos 1990, foi secretário do Planejamento e secretário da Casa Civil, a convite de Ciro Gomes já como governador do Estado. Desde 1994, o parlamentar tem conseguido se eleger para deputado estadual. Os suplentes de senador são o deputado federal José Linhares (PP) e Honório Pinheiro (PROS). Até o início da noite de ontem, a assessoria de imprensa do PROS não havia feito o balanço de todas as atas das convenções, mas já havia pelo menos 19 aliados confirmados no apoio à candidatura de Camilo Santana. Uma das chapas opositoras é liderada pelo senador Eunício Oliveira, empresário e líder do PMDB no Senado. A chapa formada por DEM, PRP, PSC, PTN, PSDC e PPS terá na vaga de vice-governador Roberto Pessoa (PR), ex-prefeito de Maracanaú. Arquirrival dos irmãos Ferreira Gomes, Pessoa foi deputado estadual e deputado federal por três mandatos. Antes, Roberto estava disposto a sair candidato ao Governo do Estado, mas, para fortalecer a oposição, acabou se unindo a Eunício Oliveira. O nome que concorrerá a uma vaga no Senado é Tasso Jereissati (PSDB), que foi governador do Ceará três vezes e senador até 2010, quando perdeu a eleição para Eunício Oliveira e José Pimentel, ambos apoiados pelo ex-presidente Lula. Empresário, Tasso ganhou a eleição para o Governo Estadual, em 1986, com um discurso contra os coronéis cearenses remanescentes do regime militar e com a promessa de modernizar o Estado. Os suplentes de senador serão Chiquinho Feitosa (DEM) e Fernando Façanha (PSDB). A chapa surpresa deste pleito é liderada pela deputada estadual e economista Eliane Novais (PSB), que postulará uma cadeira no Executivo. O cargo de vice-governador será pleiteado pelo empresário e advogado Leonardo Bayma, secretário de relações institucionais do PSB cearense e ex-conselheiro nacional de Juventude no Governo Lula. Preterida O nome de Leonardo foi escolhido às pressas, após Nicolle Barbosa renunciar ao cargo por se sentir preterida pelos correligionários. Ela estava cotada para ser a candidata ao Governo e foi avisada, na última hora, que a indicada seria Eliane Novais. Quem vai pleitear a senatória pelo partido é a ambientalista Geovana Cartaxo, professora universitária e integrante da comissão nacional da Rede Sustentabilidade de Marina Silva. Os suplentes de senador são Valda Albuquerque e João Siebra. O PSB vai sair sozinho na chapa majoritária, sem alianças. A quarta coligação que vai se candidatar nas eleições majoritárias é encabeçada pelo PSOL, que, ao lado de PCB e PSTU, lançou a candidatura do sindicalista e professor Ailton Lopes ao Governo do Estado, que lidera a "Frente de Esquerda Socialista". O vice de Ailton na disputa será Jean Carlos, do PCB, ligado à categoria dos sapateiros. Já a vaga de senador, na chapa que se denomina oposicionista, ficará com Valdir Pereira (PSTU), assessor político do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sintro). Os suplentes são Benedito Oliveira (PCB) e Augusto César (PSOL). Acordos para a disputa de vagas no Legislativo Com o fim do prazo para a realização das convenções e a definição das alianças para a disputa majoritária, os partidos cearenses também acertaram as coligações formadas na busca pelos cargos proporcionais. No pleito para deputado federal, apenas o PSB vai sozinho para a briga, enquanto a corrida pelas cadeiras da Assembleia Legislativa tem cinco agremiações que concorrerão isolados das demais siglas. Em uma mesma aliança majoritária, há vários grupos reunidos para a disputa de estadual e federal. A coligação de apoio à candidatura de Camilo Santana (PT) se dividiu em dois blocos para a disputa pela Câmara dos Deputados. A primeira chapa inclui os partidos de maior representação, sendo formada entre 11 legendas. As agremiações que compõem esse bloco são PROS, PT, PCdoB, PSD, PDT, PTB, PHS, PRB, PSL, SD e PP. A expectativa dessa chapa maior é conseguir eleger entre 14 e 16 deputados federais, segundo o presidente do PDT, André Figueiredo, o único candidato à Câmara Federal do seu partido. Expectativa O segundo bloco é formado por sete partidos conhecidos como nanicos. A criação do bloco foi articulado ainda durante o ano passado, mas a saída de algumas agremiações para declararem apoio à candidatura do senador Eunício Oliveira ao Governo do Estado interferiu na composição do grupo. Apesar do estremecimento, a chapa ficou composta por PTdoB, PTC, PMN, PPL, PRTB, PEN e PV. De acordo com o presidente do PPL, André Ramos, essa segunda coligação conta com 44 candidatos e a expectativa do grupo é que pelo menos dois nomes sejam eleitos. Os representantes mais fortes do grupo são o deputado estadual Paulo Facó (PTdoB) e o vereado Leonelzinho Alencar (PTdoB), além do próprio dirigente do PPL e também do presidente do PMN, Reginaldo Moreira. Já na disputa pelos cargos de deputado estadual, a coligação de apoio a Camilo Santana se dividiu em mais grupos. PDT, PCdoB e PTC marcharão sozinhos cada um para buscarem uma vaga na Assembleia Legislativa. Os candidatos desses partidos entendem que coligados perderiam chances de eleger mais deputados. O maior bloco, no entanto, é formado entre PROS, PT, PSD, SD, PTB, PHS, PSL, PRB e PV. "São em torno de 90 candidatos e a intenção do grupo é fazer de 28 a 30 eleitos", revelou o deputado Osmar Baquit, que representou o PSD nas negociações que definiram a coligação proporcional. Bloco A outra coligação de aliados a Camilo Santana é formada entre PP, PTdoB e PMN. De acordo o presidente do PTdoB, Haroldo Abreu, esse bloco conta com aproximadamente 40 candidatos e a expectativa do grupo é eleger três nomes. "Acreditamos que a candidatura do vereador John Monteiro é a mais forte", avaliou o dirigente. A terceira coligação é formada entre PPL, PEN e PRTB. "Essa chapa tem um pouco mais de 60 candidatos e a expectativa é que consigamos fazer três deputados estaduais", ressaltou o presidente do PPL, André Ramos. A base de sustentação da candidatura do senador Eunício Oliveira ao Governo do Estado também vai se dividir em dois grupos para a disputa pelos cargos de deputado federal. O primeiro será formado entre PMDB, PR, PSDB e PSC, enquanto a segunda coligação será composta por DEM, PSDC e PPS. Nesse segundo grupo, as legendas confiam no coeficiente eleitoral de Moroni Torgan para assegurar o êxito no pleito. Já nas eleições para deputado estadual, os aliados de Eunício Oliveira se dividirão em três composições. Na disputa pelas vagas da Assembleia Legislativa, o grupo maior é formado entre PMDB, PR, PSDB e DEM, enquanto a segunda coligação é composta pelo PSDC, PPS e PTN. Espaço O PSC marchará sozinho para a disputa. "Se fizéssemos parte de alguma coligação, talvez a gente não tivesse espaço para eleger nenhum deputado estadual. Sozinho, temos condição de fazer pelo menos três parlamentares", declarou o presidente estadual da legenda, Wellington Sabóia. O PSB, que lançou a deputada Eliane Novais como postulante ao Governo do Estado, também partirá sozinho na corrida pelos cargos proporcionais. "Vamos só em tudo. São 10 candidatos a deputado estadual e 20 para deputado federal", afirmou o presidente estadual da sigla, Sérgio Novais. A mesma base de sustentação da candidatura de Ailton Lopes ao Governo do Estado unirá forças para a disputa proporcional. PSOL, PSTU e PCB lançará chapas para os cargos de deputado estadual e deputado federal. Na briga por vagas na Assembleia Legislativa, o bloco confia em uma votação expressa que possam ter os principais candidatos do partido, Renato Roseno e o vereador João Alfredo. Já para a Câmara dos Deputados, Soraya Tupinambá, ex-candidata ao Executivo estadual, é um dos principais nomes do grupo.
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