O governador Cid Gomes (Pros) evitou comentar a investigação da Procuradoria Regional Eleitoral a eventos políticos do PMDB, mas não se conteve em reafirmar a decisão do seu partido em deixar a escolha do candidato à sucessão para o período estabelecido pela regra eleitoral, entre 10 e 30 de junho. Cid esteve, ontem, na Assembleia Legislativa, em pregão reverso para a construção de adutoras.
“Talvez se a gente já tivesse candidato ele estivesse, hoje, sendo alvo de operações da Polícia Federal”, destacou Cid. O governador disse que não comentaria as insinuações do senador Eunício Oliveira, pré-candidato do PMDB ao Governo, mas afirmou esperar que, no dia em que Eunício tiver algo para tratar com ele, o faça diretamente com o governador, “como eu sempre fiz com ele”, disse Cid.
Para o chefe do Executivo, as relações eleitorais estão se tornando “subjetivas” e citou as mudanças de decisões judiciais em relação aos eventos do PMDB. “Candidatura antecipada é uma coisa que eu sempre critiquei. A gente não tem liberdade para fazer o que quiser, a gente tem de seguir a lei sempre”, pontuou. Cid reiterou que, até o final de junho, o Pros deve divulgar “candidatura própria ou de um partido parceiro” para o Governo do Estado.
Ao concluir sua fala sobre a situação do PMDB, Cid ainda fez referência ao ditado popular “há males que vêm para o bem”. No entanto, ele interrompeu antes do final da frase: “há males que... (risos), não, eu sempre achei que assim era o certo. O dia está mostrando que o melhor é que seja assim: vamos deixar candidato para a hora certa”, completou Cid. (Jéssica Welma, Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)