A parlamentar apontou que as vagas de residência são bastante concorridas e que os recém-formados participariam do Provab, apenas para “passar na frente dos outros”. “Esse Programa deveria aproveitar médicos já qualificados até mesmo por respeito à população. Da maneira que foi instituído, os médicos vão participar apenas pela bonificação. Isso vai prejudicar a população e prejudicar ainda os recém-formados que não participarem do Provab”, disse.

A deputada ressaltou a audiência pública que vai acontecer na sexta-feira (13/04) no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), às 14h30. “Vamos debater falhas e soluções para melhoria do Provab. Profissionais e alunos já se uniram contra o atual modelo do Programa e sei que ainda podemos mudar esse modelo”, frisou.
 
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) salientou que o Provab não é isonômico. “A residência é uma valorização científica e é por isso que tem prova. Alunos que aderirem ao Provab não podem passar na frente. Só um governo destemperado como o da Dilma faria uma coisa dessas”, afirmou.

O deputado Ferreira Aragão (PDT) criticou a saúde do Estado. “É revoltante essas coisas que acontecem na área da saúde. Tem uma senhora que está sem poder fazer exames porque não tem dinheiro. Não podemos fazer obras, se o povo não tem nem saúde”, lamentou.

Heitor Férrer (PDT) informou ter dado entrada em uma representação ao Ministério Público sobre a não isonomia do Provab. “É desrespeitoso com a população carente, que vai ter que se expor a um médico recém-formado e também é desrespeitoso com os profissionais que competem na residência”, afirmou.

O deputado Dr.Pierre (PCdoB) também discordou do modelo do Provab. “É mais inteligente mudar esse Programa. Precisamos de bons médicos no Interior”, disse.
GM/CG