Você está aqui: Início Últimas Notícias Internautas entendem que falta política efetiva de proteção ao idoso
De acordo com a deputada Eliane Novais (PSB), com base no Censo de 2010 e em dados divulgados pelo IBGE, a perspectiva é que a população idosa no Brasil passe de 14,9 milhões (7,4% do total), em 2013, para 58,4 milhões (26,7% do total), em 2060. “Portanto, acredito que o Estatuto do Idoso deve ser rigorosamente respeitado, e a fiscalização ser mais rigorosa. As políticas públicas voltadas para a melhor idade também devem ser ampliadas”, declarou.
Para o deputado Professor Teodoro (PSD), o Brasil ainda não dá o devido respeito ao idoso, mesmo com as leis de proteção, como o Estatuto do Idoso. “Em breve, seremos um país de população predominantemente idosa e precisamos mudar nossa cultura em relação àqueles que já deram seu contributo para a evolução da humanidade. O país que desrespeita o idoso dá as costas para seu futuro”, afirmou.
O deputado Welington Landim (PROS) também citou o Estatuto do Idoso e lembrou que a lei completa 10 anos. “Infelizmente, ainda é comum ver idosos com os direitos sendo desrespeitados. Não apenas pelo próprio Governo, mas também por simples cidadãos, que, em sua maioria, desrespeitam as filas preferenciais em bancos ou supermercados, estacionam nas vagas reservadas aos idosos, ou até mesmo os agridem diariamente, física e psicologicamente”, disse. Ele acredita que, apesar do avanço da legislação brasileira em resguardar os direitos dessa fatia considerável da população, ainda faltam políticas públicas que consigam, na prática, garantir o cumprimento dos direitos dos idosos.
Segundo Ana Lúcia Barbosa Gondim, presidente da Associação Cearense Pró-Idoso (ACPI) e da Comissão dos Direitos dos Idosos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), o que existe no Brasil são ações pontuais e efetivas em relação ao Estatuto do Idoso, mas falta um órgão que reúna e agregue ações de forma intersetorial. “Outros segmentos sempre foram prioritários para o Governo, e o idoso acabou ficando em segundo plano”, afirmou. A advogada acredita que a sociedade se mantém à frente dessa luta, mas que é preciso uma política nacional e estadual mais atuante e com visibilidade para a questão.
HS/AT