Agepê passou a infância no Morro do Juramento, na zona norte do Rio de Janeiro, quase na miséria. Ficou órfão de pai ainda menino e foi à luta para ajudar a mãe faxineira. Aos 18 anos, enquanto prestava serviço militar na Aeronáutica, fugia sistematicamente do quartel, com uma gangue, para namorar. Acabou sendo expulso.

Integrante da ala dos compositores da escola de samba Portela, era uma espécie de ídolo de plantão, sempre presente aos ensaios e desfiles. Com um repertório eclético, composto principalmente por baião, seu mais frequente parceiro foi o compositor Canário.

Composições de sua autoria, como “Menina dos cabelos longos”, “Cheiro de primavera”, “Me leva”, “Moça criança”, dentre outras, se tornaram consagradas. Agepê também gravou “Cama e Mesa”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos. De acordo com o memorial da fama, Agepê morreu no dia 30 de agosto de 1995, aos 47 anos, vítima de cirrose.

Produzido por Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentado por Narcélio Limaverde, o Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h, com reprise às terças-feiras, às 23h.
DF/LF