Outros 30% entendem que o ideal seria o endurecimento da legislação de forma a garantir a punição de jovens que ingressam cedo na criminalidade, enquanto 11,3% defendem a necessidade de ações focadas no apoio aos jovens.
A deputada Eliane Novais (PSB), vice-presidente da Comissão da Juventude da Assembleia Legislativa, acredita que os jovens deveriam estar ocupados com programas relacionados à formação educacional, cultural, cívica e esportiva. Segundo ela, o papel dos governos é dar oportunidade para que o jovem tenha uma formação acadêmica de qualidade, que possa consumir cultura, entenda seus direitos e deveres, além de poder cuidar da saúde de seu corpo, por meio de atividade física.
“Seguindo essa receita, tenho certeza de que teremos uma juventude proativa e qualificada para enfrentar as dificuldades econômicas e a competitividade do mercado de trabalho”, avaliou.
A deputada Fernanda Pessoa (PR), que também é integrante do colegiado, destacou a necessidade de políticas públicas voltadas às crianças e adolescentes, como escolas em tempo integral com atividades como cursos de línguas estrangeiras, esporte e atividades culturais e artísticas. “Dessa forma, envolveremos as crianças e adolescentes com educação, consequentemente, retiraremos esses jovens das situações de risco. O conhecimento é o maior bem que se pode dar a uma criança", disse.
Para Camila Holanda, pesquisadora do Laboratório da Violência da Universidade Federal do Ceará (UFC), a partir do momento que se enfocar ações de combate à violência nas áreas de educação, cultura e trabalho, em vez de investimentos na segurança pública e de repressão ao crime, “teremos outro quadro. Viveremos em outro mundo”, afirmou.
LS/AT