A tragédia ocorrida na boate Kiss, localizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, vem fazendo com que os governantes de todo o País reavaliem as condições de segurança das casas de show e demais estabelecimentos do gênero em suas cidades. Mas é possível prevenir tragédias como essa? Esse foi o tema da enquete que o portal da Agência AL realizou na semana de 28/01 a 04/02.
Para 71,4% dos internautas, a prevenção é possível, porém, com fiscalização e punição severa dos proprietários infratores. Já 24,3% acreditam que o País precisa de leis que disciplinem esse tipo de eventos. Apenas 4,3% dos internautas entendem que não é possível prever ocorrências como essa em locais que reúnem grande público.
Para o vice-presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia, o deputado Dedé Teixeira (PT), é possível a prevenção, desde que haja fiscalização eficiente. “Essas casas de shows reúnem muita gente todos os finais de semana, e a fiscalização deve ser realizada, no mínimo, três vezes por ano”, disse.
De acordo com a deputada Fernanda Pessoa (PR), “infelizmente apenas com o acidente de Santa Maria percebemos que estamos em um barril de pólvora. Agora temos que trabalhar por leis e pela realização de fiscalizações mais eficazes”, observou.
Em Fortaleza, segundo o jornal O Povo, pelo menos quatro casas de shows foram interditadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará. Os espaços tiveram seu funcionamento suspenso por não possuírem Plano de Prevenção contra Incêndios.
Conforme explicou o Major Valdiano da Luz, da Coordenadoria de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros, há requisitos que precisam ser rigorosamente cumpridos para que os estabelecimentos possam funcionar normalmente. “Extintores, luzes de emergência, saídas de emergência são alguns dos principais. Uma única irregularidade já é suficiente para a interdição do local”, disse.PE/AT