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Deputados descartam ruptura após briga política - QR Code Friendly
Quinta, 04 Abril 2019 04:43

Deputados descartam ruptura após briga política

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Embora a briga envolvendo Maracanaú tenha intensificado as diferenças entre o governador Camilo Santana (PT) e o ex-adversário ao Palácio da Abolição, o hoje secretário nacional de Segurança Pública Guilherme Theophilo, o diálogo entre o Estado e o Planalto não deverá ser prejudicado. A percepção vem de interlocutores dos dois lados.   Antes incluído extra-oficialmente entre os cinco que receberiam projeto piloto de enfrentamento à violência, do ministro da Justiça, Sergio Moro, o município metropolitano perdeu espaço para Paulista, em Pernambuco. A derrota deu início a enfrentamento entre base e oposição de Camilo, esta aliada ao titular da Senasp, pasta sob guarda-chuva do Ministério da Justiça.   Para o líder do Governo na Assembleia, deputado Júlio César (PPS), "de maneira alguma" a hipótese de ruptura entre Estado e Planalto se concretizará. "O Governo Federal não irá entrar na onda do grupo politico que é seu aliado e penalizar o povo cearense com uma suspensão do diálogo"   Júlio César acrescenta que a "crise" foi gerada propositalmente por Theophilo e os aliados de Maracanaú, os do grupo do prefeito Firmo Camurça (PSDB). Acha difícil, portanto, que a versão de Theophilo, que aponta omissão de Camilo, vá prevalecer no Governo Federal.   Aliado de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Heitor Freire (PSL) também minimiza impactos do embate. Para ele, os interesses do Ceará estarão sempre acima de qualquer desgaste político. Segundo avalia, houve ruído de comunicação entre Ceará e Brasília, "mas estou à inteira disposição para colaborar com as duas frentes".   Embora defina o episódio como "estopim", o deputado Capitão Wagner (Pros) afirma que "a gente espera que não (rompam), porque quem vai sofrer com isso é o povo cearense".   Wagner argumenta que ministros não precisam gostar do governador e vice-versa. "Mas tem que haver interlocução, conversas. O (Eduardo) Girão é quem mais tenta aproximar, mas a gente sente vaidade".   Coordenador-adjunto da bancada cearense na Câmara dos Deputados, Eduardo Bismarck (PDT) acredita que a briga não resultará em ruptura. "Foi um ponto fora da curva". A contribuição da bancada para o diálogo, diz, tem sido a agenda frequente com ministros.   José Guimarães (PT) entende que o governo do presidente Jair Bolsonaro não dificultará em nada a vida do Ceará, já que não tem nada a oferecer. A discussão, diz, "tanto faz como tanto fez: quem tem a responsabilidade (de dialogar) é a base (de Bolsonaro)".   A reportagem tentou repercutir a questão com o deputado federal Roberto Pessoa (PSDB). As chamadas, contudo, não foram completadas.   CARLOS HOLANDA
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